terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Monólogos ao pé do ouvido #5

Os vagabundos cantam nas esquinas, tão soberbos quanto os soberanos "Ming's". Ninguém consegue cantar sozinho uma velha canção de tantos acordes. Mesmo que os sons do saxofone toquem enquanto, eu seu coveiro culpado ressoe com qualquer palavra de Simone de Beauvoir. Os bons ou ruins morreram e a deixaram de herança uma urna com poucas frases, junto à uma passagem de ida para Itália. Não se pode lembrar quantas imagens contariam a simples virada no tempo.

Onde os francos não tem vez o doutor dá risada. Trôpego como um anfitrião na estrada, tintilando seus centavos aos que querem centeio. Até você ontem a noite me contou uma anedota. Cantarolavam seu nome sob um ritmo de discórdia. Quem não comungar deste signo jamais entenderia poesia. Consistindo em ramos e ordens, regras e mercadorias, todos pareceríamos tolos quando a madame tocar a sua sinfonia. Oh Doce Senhora. Tempo idiota, muda toda vez que você sorri.

Uma senhora de vermelho, uma loira em um cabaré. Trezentos nazistas escrevendo um livro sobre uma águia cansada. Talvez te contem sobre o que explanar, talvez te usem e digam que a justiça divina dividirá os grãos contigo, mas o tempo idiota continua lá. Solitário como um casal à beira da morte, astuto como um sanguinário soviético. Entre linhas e mais linhas, os brandos e banhos seguirão as termas a continuar ousando até as três. O maquinista perdeu seu freio, enquanto mamãe trabalha a falta de pão, o garoto ainda segue como um guri, enquanto a testeira testa sua visão. Turva como sempre, um rio se faz de mais que gotas d'água. Bom senso jamais seria devido, entre tragos de cigarro e pseudo modernismo resistiria traumático. Estamos a beira de uma mudança, em um universo onde pouco se sabe e muito se discute. Cheio de frangos dados à cavalos e pontos apregoados com mau cuidado. Tempo idiota, muda toda vez que você sorri.

sábado, 19 de novembro de 2011

E.A.S.Y.


Feche seus olhos, mas o faça bem! Aponte teus dedos, você sabe muito bem para quem. Encare seu destino, mas o encare bem. Se Deus não sabe o que me vale se calar a sua voz, tão pouco me fara enxergar um milagre apenas apagando as luzes. Tal qual Monalisa preguiçosa, andando em monumentos postiços. Um samba vagabundo de um cão ladrando, que embora neurótico, absoluto. Sorrindo pela boca do oceano, caminhamos erguendo-nos sobre montanhas. Para todos os centímetros que seu relógio possa contar, ficam-se os beijos para o oeste. Cantando, brilhando, soando, e postulando suas boas novas. Uma boa notícia para se perseguir. Café, Dylan e cigarros. Daremos à náutica uma estrela, uma estrela que surge no céu limpo. E toda noite esticamos as mãos para apanhar seu brilho. Queremos que eles saibam quem somos, apontando os dedos para cima e em fim entregar tudo de nós para nós mesmos de modo que ficaremos mais próximos.

O hall aberto, e o dia em fúria! Qualquer luz abrasiva abduzindo o cheiro de um nome que não se precisa ressoar. Tão bobo o caminho é, que tão interessante se tornam as botas nos pés. De faces virgens, de um conforto fanático, estamos todos aqui. Ela dizia não ter razões, mas a verdade estava conosco, deixando meus olhos cada vez mais fechados, meus toques cada vez mais intensos, que sempre que se virava, trazia consigo uma grande saudade.

Aquilo era tão rápido quanto as estações devem ser. Tanto quanto qualquer ladrão, ela roubara o coração. Dirigia-se sob o escuro envolta em tons, semi tons, e descompassos. Chovia, esquentava, e ainda assim estava de pés calcados ao chão, de modo que nem mesmo os que andam sob suas tumbas caminham descontentes.

Tão temente quanto qualquer oraculo. Cinófila, cosmopolitana a sina e o arrebatamento, a preguiça de um cão vadio, sobre saias e tormentas. Ela estava lá, loira. Suas hastes levantadas, seu carinho agarrado ao meu, todo o cone, todo nosso desatino. Palavras de velhos, para ações inesperadas de um caipira sonegador de si. Desfrute disso enquanto você pode.

domingo, 18 de setembro de 2011

Life on Mars?

Ela poderia cuspir nos olhos dos tolos, abraçada à um velho rapaz. E quando todos os marinheiros aportarem seu vigor rijo uns sob os outros, a América se ligaria em agonia de dez mil cavalos ou mais. "Dê-me uma olhada, você mexeu com a face errada." Diria ela em tons de desdém, gemendo como o timbre de uma velha gaiola envolta às dissonantes de um teclado utópico, fingindo no calor dos ombros o gozo dos lábios. Sim, "We have!".

Não mais que uma quimera, não menos que uma morte lenta e sagaz, ali, aqui, jamais estaria em casas de óperas, jorrando o desespero de um olhar feliz ao globo. A garota oferece ao homem de negro, ao negro, ao que se aproxima. Nossos braços dados, quebrados. Um tanto doces, padres e belas visões e boas vibrações voam como a chuva de uma face erguida, um soco, um ano preso ao seu olho, cinco anos em uma jaula brilhando como de fato é.

Todas as regras foram feitas para se destruir em prol de um anjo novo, quantitativamente harmonioso, focal. Ela vem assim como vai, tanto tropega quanto insinuativa, trançando suas pernas tal qual o bordado se risca, de modo que não estaria apart.

Granulados como o destino em três por quatro. "Eu sou o tubarão em um universo de espaço tempo em que você se prende." Não finja-se com a realidade de pequenos espaços divinos, como se realmente se importasse com seu olhar pálido e elétrico, a menos que ele evolva-se sob mim. O tempo em que um cigarro aponta sob o rosa de seus lábios, esticados entre dedos esquecidos, longo, longo suicídio em comum.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Killer on the road...




Filho de Sam. Aquele que caminha na eterna sombra de um asno, envolto em soberbas e desfunções. Todos os tiros de um entusiasmo torpe, tropego, e absoluto. Ano de 1955, Caddilac's roubados, curvas perigosas dentro da BR que se pode chamar de inferno. Onde os gemidos voam carentes e a velha cobra negra geme e chacoalha seu rabo intermitentemente.

O palco, polvo que lhe abraça em eternos tentáculos, de modo que o vibrato alcança a forma mais desenvolta, cigarro na boca e um gosto eterno de pele entre os dentes. Vou indo baixo, com tua alma presa entre meus dentes. Na primavera de 69 que jamais lhe acometeu, das motocicletas que percebeu. Segue como um albatroz envolto em tempestades infinitas.

VHS, K7's, e outras bobagens transpõe todo o risco que jamais poderia largar. O vicio eterno de quem empunha Dolores entre os braços. As ásperas cordas vibrando entre seus dedos, de maneira que "Magic Fingers" seria um bom nome de disco, tal long play, gravado em 45 rotações.

Os duzentos quilômetros foram alcançados, todos os motéis da cidade baratos visitados, entretanto jamais a levei para casa, jamais lhe disse que você seria minha, de modo que a mansão dos mortos dizia-me a onde seguir, envolto em brasas, colegiais e detestáveis almas perdidas. Aquele em que apagara um cigarro em cada braço, que fisgaria uma alma com primor escandaloso, que trairia a si mesmo e se chamaria "Conquistador". Filho de Sam, filho do slide, filho de caipiras negros, absolutamente filho de si.

Aqui todas as notas soam como teclas negras, todos os sons ecoam como um verão sonolento. O banzo, o banjo e você Dolores equivoca.

domingo, 14 de agosto de 2011

wings of rats

For a little, just a little space!
I don't hear, but see it go tired,
Wash my skin and my breasts fill of hugs.
Clog your veins, and my own if necessary!

She saved your taste,
Small plastic soldier.
Cross the Falange, drunk and tired.
Only you and my own thoughts!
You can go,
I can go,
With my wings of rats!

His dry meat,
Cool skin, a scream and the same old words.
Just wait I get my bags and ruin
It retrieves both tired as I am.

Your shots, my bullets, his way, my lines.
Just me and my own thoughts.

I can go,
I can go with my wings of rats!

terça-feira, 28 de junho de 2011

O Nascimento da Banda.



Você me dá sua mão, e então diz "Oi". Eu quase não consigo falar, meu coração está batendo tanto que qualquer um pode perceber. Você pensa que me conhece bem. Mas, você não me conhece, e eu tão pouco de você. Te digo que é minha garota, que é boa para mim, que qualquer manhã acordarei com teu nome tatuado no peito. Você me serve com uma xícara de café borbulhando, meus desejos no calor de qualquer braço, seus suspiros no amor de qualquer um de meus dentes.

Você me dá tudo de si, e é tão difícil lhe dizer quanto eu me perco no seu antigo estilo de dizer o meu nome. Talvez olhando através dos teus olhos, as notas negras de um piano soassem mais agradáveis, de modo que qualquer promessa que me faça não possa ser feito de uma traição e de todas as tentativas esquivas de um reflexo às flechas incendiárias indígenas. Somente o que pareça com um começo, ou mesmo como um fim. Todo o meu blues que encaixe em teus quadris, de qualquer maneira que escapemos, fujamos, e garota voltamos de volta para casa.

Todo som dos teus passos cabem dentro de uma pequena suíte. O reflexo de uma boa mão no poker. Sim garota, deixe-me abraçar sua mão! Tão lento quanto a ultima nota tocada, e mesmo que eu vivesse para sempre não sei se soltaria todos teus dedos. De uma velha canção voltam todos os pássaros para mim. Ao ingresso de uma pequena vitória, um pedaço tranquilo de sonho, mesmo que você me diga que é apenas uma boba canção, ainda está em toda a minha imaginação.

Você diz que “Os rubis são como sonhos”, mesmo que não o vejam eu te digo que o Rubi é você.
Não sempre o que você parece, e embora meu coração possa quebrar quando eu acordar, que seja assim. Você apenas não sabe o certo do errado e que nos seus olhos eu vejo todo o brilho de um.


Você me dá sua mão, e então você diz "Adeus". Eu vi você indo embora, ao lado de um sujeito sortudo. Entremeando todo o seu consigo com o juntos. Você nunca saberá, o único que te amou assim. Bem, você não me conhece.

sábado, 25 de junho de 2011

Spinning Wheel




Ele ia andando pela rua meio apressado, sabia que estaria sendo vigiado. Chutou latas e procrastinou seus desejos como um tiro no escuro. Culto o inculto de todas as formas de relações humanas. O homem que abrasivo, comia de pé e ajoelhava para o sexo. Can't Buy your love, ele diria em tons e dissonantes formicas. Absolutamente desgastado, caindo pelos eixos de seus nobres pares de botas, esperava a única esquina que se virasse contra si o arremedo de amor, o arremedo de dor, e as poucas canções que jamais saberiam descrever. Aguardava como uma sentinela o tiro, o gás, e o combustível para queimar seus velhos ossos em um destino episcopal. Talvez apenas estivesse sentado em uma cerca.

Sangue, doce e lagrimas tocavam uma nova canção, o ano de 72 devia ter sido agradável, lembrou de recordar. Toda a lixeira suja com excrementos sociais, e toda a grana que guardasse em seus bolsos certamente não lhe livrariam de seguir em frente, ou dar vários passos para trás, dizendo "Eu lhe amo babe, muito mais do que você imagina!" como um hit de verão passado, de modo que negligenciava seus poucos caminhos, abduzia almas e alimentava-se de pequenas garotas. Não fazia ideia de porque era perseguido, mas podia listar uma ou duas razões coerentes, uma ou outra Dolores abandonada. Suas calças apertadas, seu ar punk arrogante, e sua classe pouco abastada fariam de si mesmas a própria palavra. A própria espingarda de cano duplo.

O ar seco, do mesmo calibre das baixas expectativas. Os demônios tocando nas outras esquinas, e o gosto destemido de qualquer chiclete barato inundavam seus sentidos. O café amargo seria uma ultima salvação, um refugio do temor de nunca saber o que o acertaria, como uma trilha simples de respiro. Modo estupido de ver as coisas, camadas altas de indiscutíveis gostos pelo errado. Aqui jaz Zaratrusta, aqui jáz o homem criado pelo Jazz. Sincopado, textual. Jamais abraçaria um número impar, tanto quanto jamais criaria gêmeos siameses, a estes jogaria em um tanque cheio de Napalm, e ordenaria, "Queimem filhos da puta, queimem.". Esse seria o incio das joias da coroa. Um último trago, um pouco mais de desembaraço, on the rocks.

A cada pessoa que cruzava, imaginava-se morrendo, das maneiras mais inoportunas possíveis, de modo que de má educação seria talvez a pior delas. Os pequenos infantos eram os que escapavam de tão sonho maldito, a estes se sentia calmo, absolutamente tranquilo, mesmo que de fato uma legião de crianças poderiam arrancar sua pele e doar à industriais de abajour. Dos mendigos ou viciados em qualquer coisa, imaginava uma dura pena de troca de seus olhos por comida, ou mais drogas, as donas de casa, cairiam sobre si com facas de extirpar carnes, e cortariam seus rins apenas por diversão e exemplo, de modo que os pais do mundo estariam seguros sem o Satã na terra. De qualquer forma não imaginava-se em uma morte confortável, e não teria certamente.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Monólogos ao pé do ouvido #4

Advertência.

Este não é apenas um som advindo da gaita de fole. Não é apenas uma negação por si, e tão pouco exprime a preguiça de raposas bastardas, velhas, e unitárias.

Ao que consta aos poucos, de certa sorte. Ao brilho vago do ser artístico, do macaco de circo imitador de si mesmo, todo o meu esguio cavalo. Aos caboclos e babalorixás de porra nenhuma direi novamente. Olá.

Sim já lhe disse que tinha sapatos tristes, dados rolando e altas doses de excitação. Já lhes disse sobre a morte, amor, e trapaças, de modo que os canos fumegantes ainda tocam mais meu coração que qualquer espirito vivo tem o feito. Dos barcos que remam à Cartago, aos centímetros mundiais em que os braços não tocam, tudo se remonta em olhar pela janela, a ver passar e transpor em um clima nublado de "Such a lucky Guy". Maldita poeira nas botas que resiste. Maldita sejam todas as baixas expectativas, o ser inválido que retoma por vezes toda a imaginação. Cigarros, destilados e novamente Troia. A epopeia do mundo antigo certamente é mais confortante.

Doses literárias não absorvem o espirito. Não comovem como anteriormente, e já não confessam sentidos. A busca pela musa é apenas um monólogo longo e inexistente, de qualquer maneira, qualquer bobagem descrita não cabe apenas em minhas calças apertadas.

Advertência.

Está não é mais uma história real, não baseia-se em curvas de garotas, beijos de envenenados e tão pouco em boa noite Cinderelas. Aos que pagam por cadeiras simples batam palmas, todos os outros sentinelas sentados em cadeiras caras que chacoalhem suas joias.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Skinny #1

When she is consumed with the rain
I give you coverage.
Stealing like all clowns,
await your songs and spells.

As far as I,
she thinks we're going somewhere else.
As far as I,
I followed it to the end,
and fall.

We could have played well,
Wrapped in a red ladies.
Boxes full of laughter,
diligence that would never reach the destination.

Notes would have much more to say,
more in many of these do not always arrive the next morning.
It is not my last sentence
I am no longer holding.

One day I think it had much to give,
still can not hear your phone ring.
I will not only hear your voice.
Even today, everyone sees you coming and going.


I have a number attached to the chest.
A pain that uses fire.
I'm not just the wheel to hear his voice,
or another point of view.

sábado, 11 de junho de 2011

Old Fangs - Prepúcio.

Dia nublado, algumas sensações no ar eram tão pertinentes quanto qualquer fumaça inalada. No carrossel de emoções da vida, tudo o que você ganha lhe faz um pouco mais forte. Onde os bêbados seguem o blues, e os viciados se deleitam com o jazz on the rocks, o objeto sonoro sai de minha arma como a felicidade se propõe em um cano fumegante. As mentiras do choro austero infanto juvenil. O old fashion se misturando com o demônio a arrastado ao inferno. Chá, café, ovos fritos, e muitas gotas de óleo advindos do bacon, da sujeira, da sarjeta, de você.

Ele sentava-se todos os dias na mesma mesa, singularmente solitário com seu ar preguiçoso, desajustado e completamente abastado em um terno, quase sempre negro, de camisa branca, gravatas milimétricas e meias tão negras quanto qualquer quebra de conduta teria de ser. Tinha em sua estatura pouco mais de um metro e setenta e sete centímetros, de modo que jamais alcançaria os céus, a sua maneira jamais gostaria de alcançar os céus.

Me impressiona a forma como ele se movia na mesa, passava envolto em papeis, jornais e canetas um dia inteiro, e dia após dia ganhava a presença de senhores e senhoras, das mais variadas formas. Essas conversas giravam em torno de poucos minutos, tempo de um café, tempo de um cigarro queimar. Por vezes ele limitava-se a susurrar poucas palavras, por vezes ele mostrava seu entusiasmo sob forma de gargalhadas de tal forma que nunca sabia do que se tratava.

Parecia não ver, tocar, sentir ou ouvir minhas palavras. Abduzia-me por isso. transpunha-me por isso. Transcendia-me por isso. Enfim, era engraçado como apenas sentia que seus olhos se fascinavam pelo tintilar dos meus patins no assoalho, de tal forma que sempre que fazia um pedido, limitava-se a fixar seu olhar para baixo, esse olhar era como uma bomba nuclear.

domingo, 5 de junho de 2011

Howlin' For You Next Girl!

"Por favor pegue a minha mão!" - Gritou em alto e bom som, prosseguindo com seu bom e velho, "Não existe volta daqui!". O português falho de todos nós que somos acometidos por uma pressão externa, que condizem com uma licença nada poética, e uso indevido de metáforas tópicas, cairiam como luvas nas mãos de um jovem casal posto a prova em Vegas City. Sua fuga alucinante narrada pelas películas cinematográficas de categoria B, constariam de um enredo vermelho, de uma densidade amarela, de várias balas, paixões e uísque. Seus nomes? Miss Mistery and Midnight.


Todas as luzes estão acesas, o cassino está em chamas, mil e um corpos surrupiados de adolescentes bêbadas, adultos adúlteros, e camareiras fugitivas. Toda poeira que caberiam em minhas botas diziam sobre os sapatos de dançarina dela. De modo que qualquer alusão ao obvio seria de extrema indelicadeza. A elegância que me consta estão em seus olhos, nas poucas palavras que ouvi de sua boca. Senhorita mistério, senhorita doze de copas. A verdade é que não sei se estaria a par de um par de damas como ela, mas certo que me bastaria uma. Uma com suas curvas, com teu feitiço. Mesmo que de fato ela não me queira e que o flerte seja uma brincadeira eterna, assim como vários ainda assim suas garras fariam meu mod rocker redneck voltar a ter sentido.


On the rocks again. E cá estamos, mesas, histórias sem métricas, e uma musa que não se mostra. De certo dei meus tiros ao escuro, e baleei vários imbecis. Costurei com sua pele uma maldade que fez de mim o anti-herói próprio e nada mascarado. Meu monologo é e sempre será como o de Vegas, dados nas mãos, sensações de poder balançar suas joias em minhas mãos. Sim você tem mais joias nos olhos que a coroa, de maneira que qualquer intervenção tem de ser vulgarizada ao "ugly", inconscistente eu sei.

Eu lhe disse querida que preciso de uma musa. Que rolo meus dados por você, que a carrego ate Vegas e assumo o matrimonio novamente! Delimito suas curvas com os traços em papel! Escrevo melodias que nunca saíram do mesmo, e desta forma, mesmo eu criminoso, Elvis, e jogador compulsivo posso dizer-te. Got to roll me!

quinta-feira, 26 de maio de 2011

On the day that I get the blues



On the day that I get the blues

It is made ​​to flood the hearts of cigar smoke,
Please send a pill, a gramophone!

It is suspected of drums as sessions, nicotine, and
For your prayer is almost as long as the song of the black keys!

when she shakes her flag
Oh! escape your lonely thoughts
When she swings her hips,
Oh Girl! That is like calling a friend!

Evil, and she makes me fly
As high as a bird lazy.
Cool, cool, with a bastard sound.

It is designed to make the words of his mother not avail,
A long shot, a drink in the next birth.

A bad company, a new step, tarot cards
Babe what can you bring to me?

When she shakes her flag
Oh! escape your lonely thoughts
When she swings her hips,
Oh Girl! That is like calling a friend!

Evil, and she makes me fly
as high as a lazy bird.
Cool, cool, with a bastard sound.

domingo, 22 de maio de 2011

Monólogos ao pé do ouvido #03

Quase meia noite no covil do criador. As rotações por minuto soavam viris, transpondo todos os caminhos de sexo, liturgia e liberalismo social possíveis em um só disco. Mesmo assim não estamos nenhum pouco felizes. A concordância falha, os atos falhos, fálicos como uma torre, másculo como o absorvendo do universo! Gramophones, Long plays e compact disc, tudo se renova, gráfica ou imaginariamente.

O filtro do cigarro quase sempre é um temor a ser aceito, qualquer fonte de inspiração astuta comenta meus adultérios. Adultos, físicos, adúlteros!

A criação que tanto demanda do tempo, às mais que qualqueres criações austeras, de modo que mesmo que a gramática sinta-lhe falta, e todos os mortos comentem sua teia sociopata, ainda assim o copo estará completamente cheio e vazio. Espaços vagos e vagas lembranças do que já se foi. O Pete diria que "ninguém sabe como é ser um homem mau..." e nenhum mod poderia envelhecer tranquilo. De fato. Dos arrepios lembro-me pouco, das memorias boas algum desejo de retorno e dos dias caóticos ando convivendo e não aprendendo convincentemente. Teoricamente não existem astros, estrelas e tão pouco artistas, contudo, lixeiros são quase isso.

Ficaremos com o único, o tópico, o fantasioso.



Unitário.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Speak Low. #1

Seu dedo apontava feito um gatilho de felicidade quente. O cano curto fumegante, bruto e ímpar. Aos ventos do oeste que balançam teu chapéu, às frustrações que comandam teus olhos verdes em manto hermético. Nada deverás seria de fato aproveitado por aquele corpo sujo, apela à mente limpa e ao trapo envolto em tuas graças. "Para a forca, com toda a presa dos milímetros de suas arestas!". Pronunciava o inoportuno, de modo que a fumaça que dizia amar-te varia toda a gratificação de um beijo seu. Roubado que fosse, e digno de um tapa, esbofeteado como as tentativas de empregar a seus sapatos o amor à traseiros.

O cigarro que apanhava os dentes de marfim daquele infeliz, abduziam os corações das mais jovens, velhas e dementes moças. Atribuía ao gozo popularescos, palavras inexistentes, textos descompactados e nenhuma métrica. Nenhum prazer em absoluto se não o próprio. Nem mesmo o ganho alheio aos pêlos retirados de seu gato outorgavam a voz rouca de seus motores. Bastavam esclarecimentos póstumos à lapide, ao fake, ao endosso e mal emprego de grafismos.

Sujeito de emprego estável, vida mansa, e prólogos longos. Não espera por você, não corresponde você e não te faz apenas a única, de modo que também não traria consigo a alcunha de conquistador de terras distantes, de gerações mortas ou postos de coleta. Cada dia menos astuto, menos drásticos, e pouco enfático.

sábado, 23 de abril de 2011

You now is under my fist. Wait.

O vento fugaz, continuo. Até os prósperos padecem de sentir. Brilhos e imagens tão rápidas quanto qualquer ponto eletrônico. Onde está o caminho fácil, a prática torpe, e quando que perderá o prumo? Onde a vulgaridade mora, não reside o fraco, e onde estamos fracos?

Aos poucos agradeço as injustiças que se recaem sobre mim, e a forma como todos os poemas furtam meu sono. Aos respingos dos persistentes eu dou meu aplauso. Sem quimeras, sem um falso sorriso acadêmico, sem que uma moral desenvolva eu dou o meu alô, estranho, longínquos e agudo. Aqui onde não reside mais o ópio, a flâmula de um amor extenso o grito de um corpo em êxtase, ainda promove um campo de segurança, de fontes franciscanas, de orgulho sujo. Mesmo que distante ainda estou aqui, perto e preventivo.

Todo o meu som e energia está hoje condensado, triste, puto e animal. Aguarde aos sons do próximo hit, aos gritos do próximo infeliz que cruza limites. Filhos da anarquia, estou puro instinto, puro sangue na boca. Um diabo sujo encostado e acometido por vingança, e nada será mais pleno que isso! Não estou a ser o orgulhoso ou encaminhar a ira contra um absurdo simplificado. Não quero não ser absurdo ao pior estilo redneck que poderei ser! Não sou um bom moço, e definitivamente não serei bom pra você!

Ao canalha darei as solas de minhas botas. Lhe direi uma vez, e não mais que uma, afaste-se dela, afaste-se dos crimes que pretendeu. Se esconda, mas não pense que algum banheiro sujo vai ser suficiente para estar a salvo de seu pecado, tão pouco de minhas mãos. Seu tempo chegou querido!

terça-feira, 19 de abril de 2011

Don't Talk! Walk!


Eu tenho alguns segredos confinados dentro de algumas jaulas. O que eu posso dizer, não sou confiavél, nenhum marginal como eu poderia ser. Tão pouco, pobre de você honey! Eu acabo olhando a devoção do seu corpo ao meu, as reflecções na tua face, e todas as outras noticias velhas que se lê por ai como algo usual. Bem, frígido, de pensamentos tortos, torpes e confusos. Qualquer coisa que você faça não será o bastante para gente como eu. Eu, meu cano duplo e você babe! Culpa desta nação maldita, desse excesso de desapego plantado entre ciclos. Não importa o que direi, só se guie no fato que direi!

A voz nada sedutora que acumulava-se em torno de meus ouvidos, proclamando o ínicio de todo um final de caos, erguia se como um estandarte máscarado. Responsável por nada menos que furos, cortes e tiros. Sábia voz, entendia mesmo o que me aguardava, de modo que todo o controle mental chinês que poderia ter era completamente desfeito como um laboratório de Metanfetamina. Já mediram o peso da alma, e tudo é sempre muito inconclusivo, mas sabe-se o peso da própria. Estavamos prontos para o circo agora. Nem santificados, e tão pouco beatificados. Sem escolaridade, sem manejo, traquejo e com uma boa parcela de sangue frio. O suficiente diria.


For God Sake! Ela gritou, todos em volta pasmos, abrassivos com o rompimento do silêncio. cafés em seus copos extremecidos como o choro de um recém nascido em meio ao mar de lama pútrido! "For god SAKE!!!!", era enfático, cruel, destemido, e certa maneira medonhamente tesudo! Aos antidepressivos estava mais calado que o infernal ponto de encontro, aos sempre mesmos velhos bandidos, sorrisos maliciósos e carnivoros, e a mim mesmo um olhar que defloraria aquela persona como um cliente do Walt Mart deflora mercadorias não pagas. Nua, suja, e crua. Carne branca, negra ou parda. Não importariam os meios ou métodos, importam as curvas perigosas que traram o deleite.

Oriente-se rapaz, a nova presa foi gravada no seu pescoço! Perfume, jeito cigano, cigarro em posse de outro demônio. Por vezes seu dedo está apontado para outro lado, as vezes ela lhe confunde com um homem melhor! Barbitúritos, novos pós, outros riffs, aguardando um oriente proximo de você. Está noite todos nós teremos um longo caminho para a ruína!

Risadas altas, e um alto teor de más companhias.


Os cigarros entre os dentes e cabelos amarrados como samurai. Duas caras, feio, feito o diabo, cansativo feito teria de ser. Caminhante noturno onde caberiam milhões, vinhas de ira, vingança e gritos pelos absurdos. As vezes é melhor só escrever do que sobreviver.

Um bipe, uma noite nublada, cigarros aos cigarros, e o copos quase sempre vazios. Ela não te busca, ele finge que te ignora, e a dinâmica da vida prossegue, cheia de falhas furos e pauladas nas vossas cabeças de bunda. Não existem avatares, buscas pela grámatica perfeita, não aqui, não alí.

- Somos todos vira latas, filhos de mulheres jovens, pais astutos e soldados em exercício durante longos dias chuvosos.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Sejamos Gays. Juntos.

abril 12, 2011

Adriele Camacho de Almeida, 16 anos, foi encontrada morta na pequena cidade de Tarumã, Goiás, no último dia 6. O fazendeiro Cláudio Roberto de Assis, 36 anos, e seus dois filhos, um de 17 e outro de 13 anos, estão detidos e são acusados do assassinato. Segundo o delegado, o crime é de homofobia. Adriele era namorada da filha do fazendeiro que nunca admitiu o relacionamento das duas. E ainda que essa suspeita não se prove verdade, é preciso dizer algo.

Eu conhecia Adriele Camacho de Almeida. E você conhecia também. Porque Adriele somos nós. Assim, com sua morte, morremos um pouco. A menina que aos 16 anos foi, segundo testemunhas, ameaçada de morte e assassinada por namorar uma outra menina, é aquela carta de amor que você teve vergonha de entregar, é o sorriso discreto que veio depois daquele olhar cruzado, é o telefonema que não queríamos desligar. É cada vez mais difícil acreditar, mas tudo indica que Adriele foi vítima de um crime de ódio porque, vulnerável como todos nós, estava amando.

Sem conseguir entender mais nada depois de uma semana de “Bolsonaros”, me perguntei o que era possível ser feito. O que, se Adriele e tantos outros já morreram? Sim, porque estamos falando de um país que acaba de registrar um aumento de mais de 30% em assassinatos de homossexuais, entre gays, lésbicas e travestis.

E me ocorreu que, nessa ideia de que também morremos um pouco quando os nossos se vão, todos, eu, você, pais, filhos e amigos podemos e devemos ser gays. Porque a afirmação de ser gay já deixou de ser uma questão de orientação sexual.

Ser gay é uma questão de posicionamento e atitude diante desse mundo tão miseravelmente cheio de raiva.

Ser gay é ter o seu direito negado. É ser interrompido. Quantos de nós não nos reconhecemos assim?

Quero então compartilhar essa ideia com todos.

Sejamos gays.

Independente de idade, sexo, cor, religião e, sobretudo, independente de orientação sexual, é hora de passar a seguinte mensagem pra fora da janela: #EUSOUGAY

Para que sejamos vistos e ouvidos é simples:

1) Basta que cada um de vocês, sozinhos ou acompanhados da família, namorado, namorada, marido, mulher, amigo, amiga, presidente, presidenta, tirem uma foto com um cartaz, folha, post-it, o que for mais conveniente, com a seguinte mensagem estampada: #EUSOUGAY

2) Enviar essa foto para o mail projetoeusougay@gmail.com

3) E só :-)

Todas essas imagens serão usadas em uma vídeo-montagem será divulgada pelo You Tube e, se tudo der certo, por festivais, fóruns, palestras, mesas-redondas e no monitor de várias pessoas que tomam a todos nós que amamos por seres invisíveis.

A edição desse vídeo será feita pelo Daniel Ribeiro, diretor de curtas que, além de lindos de morrer, são super premiados: Café com Leite e Eu Não Quero Voltar Sozinho.

Quanto à minha pessoa, me chamo Carol Almeida, sou jornalista e espero por um mundo melhor, sempre.

As fotos podem ser enviadas até o dia 1º de maio.

Como diria uma canção de ninar da banda Belle & Sebastian: ”Faça algo bonito enquanto você pode. Não adormeça.” Não vamos adormecer. Vamos acordar. Acordar Adriele.

— Convido a todos os blogueiros de plantão a dar um Ctrl C + Ctrl V neste texto e saírem replicando essa iniciativa —


http://projetoeusougay.wordpress.com/

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Exilio destes quadris!

O sax barítono toca alto, aquela guitarra dita todo o comportamento desses corpos quentes, negros, brancos e pardos que misturam-se nesse gospel as avessas, nesse gosto pela perdição. "Acenda mais um baseado, dance comigo a última canção até que toda essa merda saia das tuas botas!". A maldição do samba, do jazz, do cabaré em fogo esperando esses corpos afundarem mais e mais na meia noite da perdição! O mesmo gato negro que cruzou teu caminho, cruzou o meu, cantarolou alguns sonetos movendo seus lábios com gozo e perversão. O blues, o bonde chegou, embriagou, e convocou novos solidários.

Não me chamo diabo, nem mesmo andarilho cigano. Moribundo talvez, de fato os olhos seguem os teus e os teus fixam sob os meus. Minha voz dissonante, meus quadris tortos como em qualquer sex appeal, de dentes tortos que lhe abduzem a triste quando alta noite se guia, os carburadores sonegam o fôlego para mais uma dose, mais um corte, e muito mais do que cigarros escritos em todo esse chão de estrelas! Terra, tambores e a guia nas mãos. Aqui eles são todos como nós, cheios de pecados, santos, e trôpegos. Pintados como monstros, cansados e embriagados.

No rebolar dos meus quadris remontam-se os destinos, as motocicletas e os dados em chamas. Qualquer dose de uísque seria nosso tratamento homeopático. Nunca se preocupe, honey, eu tenho 6, 7 e um 9, prontos para usar. No meu caminho, poucos se guiam, muitos se contestam e você continua lendo, relendo, e relembrando o gosto daquele último beijo. Limpando a bosta das botas, sorrindo com flores mortes, sem se preocupar de ser quem está aquele velho timbre.

Já disse que tens sapatos tristes, maníacos depressivos comendo aos teus pés. Cabras, bodes e todos as famílias nobres condescendente com tua procrastinação diária. Aqui ainda estamos com o mesmo timbre, anos 50, bom e velho ronco de motor, ligado em um café irlandês com um rigoroso inverno, Virginia, Alabama, Nashville são logo alí.

Eu sou aquele que sufoca você, enforca a si mesmo, doa pedaços de carne para conceber e atraí cada vez mais parceiros de crime. Eu sou aquele que tem todas as diretrizes opiniões e sangue nas mãos para dizer o que é o gosto pelo imperfeito. Aquele que assim como os riscos de fumaça no céu te chama para uma volta de ida pelas tortuosas espinhas nos teus sapatos.

domingo, 27 de março de 2011

Barbitúricos #02

Walk on the wild side. Com todas as melodias transpiradas, a locomotiva do próprio sabor suspeito que jamais passaria. Beat, freak, completamente ego. Nada além, de pessoas boas, más companhias, drinks no inferno e quatro seres atingidos por rebarbas de cinzas de cigarros nos olhos. Quatro! Gatos vadios, hipsters malditos, arrogantes juvenis, pedantes esses delinqüentes de aspiradores de pó, de modo que se do pó vieram, a ele iram voltar. Shoots, curvas, e trilhos que descarrilaram em uma Barbarela surealistica. Pontos e elos fracos, frouxos de um cosmopolitam brilhante. Sempre se guiam os olhos ao caminhante noturno, a Ruiva, a Miss Jones, o Sarcasmo e eu.

Tic taque, tic taque, e o isqueiro corrompe todas essas doces emoções, o monólogo cerebral corre como um uivo da coragem em uma matilha completa. Abismo, absinto, doses e homeopatia corporal! Tudo junto em um ambiente só! A prosaica, a epopéia, as palavras que saem sem qualquer cunho hominídeo, foram todas abduzidas por estações de metrô inexistentes, becos escuros não visitados e um bate estaca que não se cala. Tudo recai sob o despencar dos olhos.

Agonisticamente, a fúria juvenil se veste de branco, toma leite e diz que qualquer amfíbio gordo é alheio às perspectivas da nova era. Os poços de etanol deslumbrados com uma fogueira negra de fumaça sépia. Design, old school, redneck and anothers stuffs is cool. Aos infelizes os passageiros desse bonde da perdição dirigiriam suas palavras como uma piada no jornal de domingo. Caberiam maços e prostitutas no bordel, trancado ao deleite do olho mais cortez. Nada de musas, galináceos, ou objetos de fetiche invisíveis. As discussões seriam as de como escapar da caixa, o tom noir deixado para o passado, e o arrasto da chuva inflamaria qualquer intenção de probabilidade digna. Dignidade é paras os fracos que sonham com ela de nove as vinte duas. Nós bandidos de caddilacs falsos, andamos a pé e estapiamos amantes, passionais e engaiolados em um ambiente retrô que não sobrevive, de modo que nenhuma luz da ribalta representa tamanho desconformismo.

Os riscos postos ao rico obtuso inflamável e lúdico entretem mais que garotas semi nuas em jaulas. Amsterdan, Chealse girls, e surpresas em jatos aéreos são negros, de modo que do negro viemos, e à ele cuspiremos a volta pode ter certeza filho

quinta-feira, 24 de março de 2011

I Put a Spell On You



Olhos brilhantes, anel de diamantes, "on the rock's" sobre a mesa. Das presas fáceis não se tira nada, e essa era a regra, de modo que nenhum filho de pregador conseguiria cantar um louvor tão louco quanto aquele coração. Somente os garotos perdidos abrigariam seus quadris de maneira tão juvenil quanto um lobo de presas largas. A presa, a velocidade, e toda aquela bobagem estomacal entranhava um simples sabor de gozo particularmente colocado como um feitiço em ti. Das vozes onde o canibalismo começava, terminavam teus gemidos! Olhos brilhantes.

Todos os tambores, e nem todos os cânticos de Vudu jamaicano seriam capazes de se mostrarem mais abrasivos que tuas mãos, quentes, difíceis, cheias de detalhes onde aguardavam a chave da disponibilidade, entretanto, o eu vagabundo, mantive-me a distância, de modo a comprar um cadillac. Nascido sobre um mau signo, eu plantei um feitiço em você. Dos mangues do Alabama, aos terreiros do candomblé! Todas as trilhas soavam como sons de crocodilos, todo o redneck pride autenticamente comovido pelo chacoalhar de suas curvas, "Shake Your Hips Honey" e faça de mim um filho pródigo.

Santa Madre Cassino pegava fogo quando tocava seus velhos clássicos. Todas as strippers perdiam o sabor em torno de tigres de bengala, entretanto logo o fio solto seria puxado, e todas as atenções se voltariam para o mau nascer do sol. Final da noite, bebedeiras e bitucas de cigarros comporiam mais uma canção. O crupiê estaria entretido, os seguranças mau pagos, e todos os gatos mau trapilhos aguardando um coração cheio de alma. A santidade não teria cabimento dentro daquele corpo, e os pensamentos impuros corroeram aquela garota, de modo que todo o feitiço volta, e atinge seu corruptor. Ah Santa Madre Cassino, aos indíos alcoólatras que corroboram com todas as abstrações que seus olhos me causam! Ah ao desapego, e ao apego de sua carne tremula. Ao que indica dos antigos rituais, se remonta um pequeno projeto de vida. Um orgulho que não cede, uma sede que não termina. Entre poucas e boas ela estaria guardada entre meus rins.

Treze velas acessas, Jambalaya tocava novamente sua velha canção, country, botas e motocicletas. Mata-me se preciso, dê dois tiros no feiticeiro e esteja comigo! O crânio entalhado sob meu corpo carniceiro como é, albatroz que plana sobre o deserto seguindo seus traços! Eu coloquei um feitiço em você, por você ser minha! As doses, e aos filhos das doses. Do flerte às flechas ateadas de fogo! Por você não prometo tomar jeito na vida, mas emaranha-la de um gosto alcoólico, abrasivo e nada tênue. Não me tornaria um pai de família tão pouco largaria o roqueenrou, mas adentraria a cada centímetros da sua pele rabiscando linhas e solfejos, de modo que não seria eu o catador de algodão, mas o redneck do próximo bar sempre!

Riders on the Storm, e novamente Dallas se faria maior que apenas poucos sonhos. Da aculturação, aos pedaços de saliva cicatrizados confortariam nossos corações! A jukebox tocaria sempre as velhas canções e Elvis não estaria gordo, mas orgulhoso de nosso pouco comportamento. Não colocaria meus serviços dentro de qualquer linha normativa básica. Não seria eu um culto, um charmoso cavalheiro refinado, de modo que também não deixaria de trazer à você como minha dama. A valsa no salão convidativa, os gritos e suspiros abstraídos pelos teus sorrisos e a Santa Madre Cassino servindo com aconchego todo nosso blues! Antes de me acusarem de desviado, desvairado e vagabundo, eu lhes digo, sou vadio tanto quanto qualquer gato negro em uma noite parda, mas dê uma olhada em você mesmo!

Meu cigarro aceso, minhas mãos desperdiçado todo o tempo ainda não gasto e entre copos meio vazios eu coloquei meu feitiço em você, por você ser minha!

quinta-feira, 17 de março de 2011

A Fever Of A Redneck Pride!


Sim, você tem sapatos tristes, um rádio cheio do cheiro do blues. Balas e uma pequena janela em que pode me ouvir vibrando. Sim você mesma que tem cigarros entre os dedos, arcos, e estranhos perseguindo teus passos. Já me ouviu vibrando hoje? Jeans justo, ossos justos, e toda a pouca vontade de vadiar! O orgulho, a prática, e o dedilhado na tua carne trêmula. Você já me ouviu vibrar honey?

o Guepardo que habita em teu corpo comentou comigo de sua pouca satisfação, que teus dados ainda estão rolando, e que todas as apostas em meio as mesas de bilhar são frouxas pelo riso que escorre da tua boca. A vermelhidão dos lábios ecoando palavras que ainda não ouvi de você, expectativas e rumos novos ao norte, sessões no deserto árido, árduo e aguardando todo o Voyeurismo de nosso show.

Das pedras que rolam e não criam musgos, aos corvos negros cantarolando uma canção, "you gotta move". as mãos escorrendo como o slide nas cordas da Dolores, e a prática sendo observatório da perfeição. Bêbados, vadios e sórdidos. Dois gatos sujos em uma noite parda, inundados de flâmulas pop. Acometidos de raízes extensas advindas da areia. Um extremo mar de areia.

Olhos nos olhos, e ninguém precisa me dizer o que você viu. O calor do teu pulmão, o soldado entrincheirado em tuas pernas. Minhas perdas, e meus danos celebrado como um cão vadio honey! À você todo o meu mod rocker, meu redneck pride, ás alturas do teu flerte, ao cume alto em que grita e explana teu nome "las Vegas". Tudo e exatamente nada é o que cabe em um copo de úisque. Cowboy, totalmente sem gelo e a vi a verdade escorrer de tuas mãos, dedos e afins.

Com os cabelos ao vento, as rosas mortas já foram entregues aos póstumos parceiros, Mickey and Marllory Knox dançam sobre essas sepulturas. Aguardado o desfecho. Dentre as agulhas, os traços e rabiscos, outra garota levou minha agonia embora. Sinta-se bem com uma febre do orgulho Caipira!

quarta-feira, 2 de março de 2011

Monólogo ao pé do ouvido #02

Aguarde o convite. Não entre ou deslize onde não lhe é evocado. Evite traumas de dramaturgos, caminhe entre o vale das sombras, à beira morte, da beira você enxerga o abismo, e nunca existem queda que não se possa alçar. Quinze anos. Meio de vida. Todo conjunto habitacional aglomerado pela faca em seu pescoço, e você nem liga. Dispara, sob o céu, sob o acasso, milhões de balas nada endereçadas, você diz "te pego na curva", e curva se à mais uma dose. Nicotina, taxidermia, modernismo, pós modernismo, ou ambas alternativas, seria esta sua ultima canção. Aqui jáz, o jazz, o mod rocker, post punk de cabelos ao vento de lingua solta. Lingua de trapo, boca imunda, e no fim de que nos resta sem a suite roque em rou. Ambos os santeiros, amos, você caminha aqui! De toda aquela identidade rasgada, perdida como uma peça, um emaranhado de peças, esqueça, todos sabemos que lhe falta prática e calar-se, em sonegar o esforço.

Parte exata, entre minutos, aos que restam minutos.

Ela desce seca pela escada de teus dentes podres. Boca, sorte, affairs. Árida como um clima ruim alcança teu esofago sem estofamento, e tardiamente cai como uma pedra sobre os rins. Das entranhas caminha como o próprio foco, de modo peculiar, a guia em mãos, ao caboclo, e todo o resto saravá, mais um gole e ela está lá. Como um odor desagradavel pelo corpo. Ácida.

Ao suor, ao furor, e todas as outras bobagens de imagens pré estabelecidas, à arrogancia de um tiro no nariz, a bobagem de ser intocável. Tudo isso ela tirou, de si, de varios, e posteriormente tirará de terceiros meu caro. A fé que nasce entre terreiros, dentre brancos, negros, e pardos. Somos todos pardos meu irmão. Para ela o tom é sempre noir. É desnecessária, tanto quanto alguém que não se vê à meses. O nome dela você sabe tanto quanto eu. Necessária. Entidade necessária.

O corpo que a resite é o mais profundo de qualquer corpo. O democrático corpo que à reside, de modo que não há espaço para ciúmes, vislumbres, ou argumentos. Das mãos chacolhando, do ouro escapando entre teus dedos. Mente sã, corpo Santo. Esqueça, não funciona aqui. Entretanto, somos ótimos caçadores de idiotices, queimamos os dedos, fazemos preces aos que já foram, e promessas aos desconhecidos, fé, de maneira a trivia permanece, entre os poucos resistentes. Não somos assim tão resistentes. Página que vira é página lida, nem sempre compreendida, nem sempre ardua, ou fácil, mas sempre lida.

Resistem, residem, e obstruem o tráfego. O corpo que a reside, é o corpo do copo, da taça, do injetor, do gargalo da garrafa.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

NOVA.

Ultimamente, eu ainda estou segurando,
toda essa onda de até onde posso ir.
Esperando, eu rabisquei todo meu corpo,
e ainda assim, não vi o que te faz brilhar.

Não dirijo tão rápido, nem durmo quando deveria.
Um cigarro queimando no filtro é tudo que tenho.
Você ou eu é como um resto, nada do que diga vai mudar essa idéia.


Deixe sua cabeça imaginar onde eu possa guiar.
Mesmo que não reconheça mais você ou eu.


É uma vergonha que tenhamos que nos matar para sobreviver.

Com essa perda de tempo, ou medo de que? Vivo já à tempo.

É uma vergonha que tenhamos que nos matar para sobreviver.

Com essa perda de tempo, ou medo de que? Vivo já à tempo.


Pense bem, com todos esses dias no mês,
Não à muito de mim para se compartilhar.
Trabalhando duro chegamos a um ponto em comum.
Os últimos à saírem que fechem as portas.

Ninguém sai daqui vivo, nem dorme em paz.
Todas as palavras que ouço são de adeus.
Todos meus pontos são falhos, nenhum prazer de mudar essa idéia.


Deixe sua cabeça imaginar onde eu possa guiar.
Mesmo que não reconheça mais você ou eu.


É uma vergonha que tenhamos que nos matar para sobreviver.

Com essa perda de tempo, ou medo de que? Vivo já à tempo.

É uma vergonha que tenhamos que nos matar para sobreviver.

Com essa perda de tempo, ou medo de que? Vivo já à tempo.


Pense bem, com todos esses dias no mês,
Não à muito de mim para se compartilhar
Trabalhando duro chegamos a um ponto em comum.
Os últimos à saírem fechem as portas.


Deixe sua cabeça imaginar onde eu possa guiar.
Mesmo que não reconheça mais você ou eu.


É uma vergonha que tenhamos que nos matar para sobreviver.

Com essa perda de tempo, ou medo de que? Vivo já à tempo.

É uma vergonha que tenhamos que nos matar para sobreviver.

Com essa perda de tempo, ou medo de que? Vivo já à tempo.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Última Dança.

Teu coração pede paz,
A vida pede passagem para escapar entre os dedos.
À todos que renascem para não desistir,
Para surgir algo novo em folha.
À todos que se mostram,
E não foram feitos pra abusar de si mesmo.

Talvez seja a última dança, se é assim que tem de ser.
Talvez seja a última dança, mas por que pesa tanto?

Agora não faça nenhum barulho,
Nem estale seus pecados com fogos de artifício.
Qualquer dia desses essas correntes serão menos pesadas,
Não espere as consequências gritarem nos ouvidos,
Não crie expectativas de dias chuvosos.

Talvez seja a última dança, se é assim que tem de ser.
Talvez seja a última dança, mas por que pesa tanto?

Hoje nasceu, aquilo que deveria correr,
E talvez todas as estações toquem suas canções favoritas.
Para todo pedaço que cai, surge um, esperando o seu lugar.
Não espere as consequências gritarem nos ouvidos,
Não crie expectativas de dias chuvosos.

Aos que precisam de todos que ama,
Dentro da cabeça, muito forte para não poder perder.
Aos poucos que estão perto dopados, ou que jurem alto para esquecer,
A vida as vezes escapa entre os dedos,
Não existe jeito certo de perder.
Não existe saída que não às cegas,
Da dor que você sente, ao pouco que sangra de si,

Talvez seja a última dança, se é assim que tem de ser.
Talvez seja a última dança, mas por que pesa tanto?

Todos tem uma confissão à fazer,
Todos temos um medo à recorrer,
Está tatuado na face, no coração partido,
Do melhor que se pôde fazer,
Não existe jeito certo de renascer.
Não existe jeito certo para não desistir.

Talvez seja a última dança, se é assim que tem de ser.
Talvez seja a última dança, mas por que pesa tanto?





Em memória ao pequeno que não pode vir ao mundo. + 21/02/2011

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Barbitúricos

Eu ainda nem senti, o que te faz brilhar. Os faróis ainda são todos tão faraônicos quanto eram quando nós tínhamos dez anos. A nostálgica, o amor futuro/passado, nada existe em um banheiro sujo, para todo sempre, todo resto de nada, e eu ainda não ouvi, de onde podem vir palavras tolas, e a amargura de todos aqueles que se proclamam espertos, a verborrágia solta entre dentes ainda é a mesma e velha verborrágia de tempos atrás.

Aos passos largos dou meu alô, aos quintos do inferno onde provavelmente vou, aos que tem coragem de ouvir, falar, e soltar seus pontos negros, à estes mais e mais de mim é solto entre copos, Barbitúrico e densidades noturnas. As mulheres que acontecerem, os filhos e os pais que choramingam em meio ao petardo, o meu alô. Nossos passageiros são quase sempre menos sinceros do que qualquer gato vadio. Nada como fazer de tripas coração, enxaguar o grito com a demanda e os pontos cegos dos dias de hoje. Ouvir pensamentos é um luxo raro. Crer na qualidade de odores ácidos não basta como alento. Esse é o meu alô.

Alô doutor. Alô aos camelôs, e mendigos vadios que ganham seu lugar. Obriga me a postular o futuro. Erasmo, Carlos, e todos os outros ainda são tão românticos quanto eu rasgando minhas veias, e que feio.

Ainda não escrevo como gostaria, não faço o que gostaria, e o radiantismo pateta, ainda não encontrou-se com os meus ossos, nem da lua, tão pouco das maratonas. Abandono meu lugar, abandono o teor de Ulysses, abandono as poucas e boas traquinagens. O mod Rocker que não vai à canto algum. Todos eles estão embebidos em um rio destruidor selvagem, animal de pouco teor poético. Não agradeço e tão pouco respiro veneno, entretanto, os méritos da derrocada dos peitos abertos, dos tipos, tiros e basta. A semiótica aplicada à vida, aos relacionamentos, de modo que vai acontecer, e ainda irei eu encontrar. A moral dos de pouca, a minha pouca. Não se embriague com sorrisos tolos de pessoas tolas. As tripas são tão grandes e pulsantes quanto o coração, entre os rins todos os encontros e desencantos e mesmo assim, ainda pluviométricos. Enganosos, mesquinhos e abertos.

Amores brutos, sangue exposto, e muito gozo "...Agradeço aos talentos dos quais sou escravo...Agradeço a capacidade de ser quem não sou, e de ter não somente duas faces, mas sim, oculta-las..."

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Cosmopolitan (Part III)

- Com a mesma falta de vergonha na cara eu apodreço, procurando minha insônia, sua falácia, obstruindo os terremotos de uma vida pouco sensata, de modo que eu não quero e não devo, deixar que se aproxime! Não quero e não devo deixar o foco oprimir suas veias, minhas maldades e nossa pouca atmosfera nudista. - Caminhava pelo corredor de mesas, outorgando seu ponto forte. Proferindo aos dois únicos seres presentes, graves e mais graves de adjetivos falhos, nuances obtusas, e português oblíquo.

Algumas palavras poderiam descreve-lo como um homem pronto para o recomeço. Magro, pálido, elegantemente vadio, de modo nenhum seria só mais um com os dentes podres, olheiras fumegantes entre portas abertas para sua própria percepção. Destemia-se entre quatro paredes como poucos no universo paralelo de vossas próprias expectativas. O tipo que rezaria de joelhos aos pés de uma meretriz qualquer, um copo de uísque entre o ódio proferido pelo amor de deus, a última morada seria seu semblante como um soco na parede oferecia uma grande e boba satisfação. As pedras entre os rins, o amor derramado pelo asfalto, o ultimato ao céu, inferno e oferendas míticas. Seria o exu entre o termino, o demônio palhaço de circo sem futuro, um pouco de si mesmo que não encontraria em farmácias, outdoors, ou idosas fornecedoras de narcóticos.

Suicida, absolutamente maníaco, irritante e desmotivado, filho do asfalto, moleque de recados de si. Aos pés da santa. Embalado sob o hit do verão passado, encurralado entre desconhecidos e afins, absolutamente marginalizado por seu destino, de modo que não aparentaria outra forma senão a de um animal selvagem, do qual se meteria com a polícia pela mulher amada, um campeão do romance romano, um Erasmo dos dias modernos, e um critico de poucas palavras. Essas seriam minhas percepções, esses seriam dois dos quatro cavaleiros do apocalipse dentro do nosso belo bar.

Sentou, procurou um banco vazio, e aguardou que em seu esqueleto aumentaria os níveis de tesão, tensão e pó. Clientes antigos, dois de nosso próprios espíritos, dois de um sangue ralo, fedido, e polvilhado. À vossa maneira, o destino de muitos aguardavam-se em destino de poucos. O clube dos corações partidos, não por amores brutos, ou por intrigas mesquinhas e comentários impertinentes, apenas corações cansados, psicotizados, tênues e obrigatoriamente frustrados. Os quadros, as paredes, rendiam homenagens aos espíritos que residiam alí. Os corpos embriagados, e o gozo esporrado em suas faces, atribuíam à face de deus. Malditos porcos iluminados, malditos corpos mesquinhos entre facas e espetos. Amava todos eles.

- Um copo do seu pior uísque meu caro. Pouco dinheiro e pouca satisfação fazem de todos nós bobalhões. - Ergueu suas mãos ao teto como se houvesse alguma entidade em seu corpo, de modo que fora servido com a mesma classe de sempre, muito embora a atenção ainda se voltava para antigas personagens morenas, duras, e gostosas. E mesmo abduzido de pouca atenção e risos cinícos, continuou: - A minha história não interessa, o meu caráter é valho, e de maneira alguma quero sair dessa porra toda! Os cronistas me refletirão holofotes, a chuva irá tomar conta do meu corpo, sexo barato, putas de rua, bêbado sempre irei ficar e reintegro uma vontade. Sociedade Produtiva que se foda!

- Do que diabos você está falando, cara? - A pequena se pronuncia, olhando pro seu copo, como se desse o mínimo de atenção necessária para domar o flerte.

Ele sorri, retorna o olhar para os ombros, malicioso como um rato procurando comida. - Falo de sinais, falo de semiótica, falo de câmbio financeiro, e de senhores de meia idade que tem dinheiro no bolso. Falo de pseudo comunistas que rezam em cartilhas capitalistas, de toda essa gente que não ouve direito. Todos os macaquinhos de circo, que amam os julgamentos, assim como eu, mas não desvendam sua honra ou nudez à humanidade, e proferem tiros, ordens restritivas, verdades absolutas e plenas em todo e qualquer recinto em que se sintam ofendidos. É engraçado como a dupla criação sempre reside em nossos corpos.

- Rá! Isso é claro, todos nós julgamos, somos cíclicos, temos tensões menstruais, e falamos milhões de besteiras, mas isso não é motivo pra você se achar superior aos demais, certo gente boa? - diz Maria, a virgem.

Naquele pequeno instante de fúria, em que o debate existencialista de paixão e ódio social compunha se feito a causa e o efeito, gasolina jorrava à alguns passos dalí, na ponte do rio que descia, na crônica da futura sorte, de poucos sortudos. Onde alguém certamente perdia o tesão, a tensão. Dentro de um automóvel limpo, branco de doer a visão. O recomeço, o fim, as linhas escritas em seu epitáfio, o caos criativo, acomodavam se em uma cidade pouco drogadita, chapada de anti alérgicos, anti depressivos, cuspindo nos "zumbis do crack", arrotando naturalidade e prometendo saúde mental ao seu fogo.

A próxima canção seria cheia de sorrisos prontos, faces cíclicas de profissionais neo liberais, sozinhos com um mau cheiro exalando de um som negro, de um pássaro prostituído e nada compreensivo. As tripas dos que se importam com amor, paixão, e metafísica, anunciariam que se fariam coração, eternamente dono de nosso júizo. Naturalmente e não natural, mente, corpo, e espírito errante sem paz, sem sossego, como uma personalidade frágil não tênue. Não era de palavras tênues, e sim de cortes no corpo, remédios nas veias e a arrogância furtiva de personas inteligentes. Nossa Era, seria de casos críticos, de histórias vistas em todos os becos, residências e websites. O jornal estampa, os elogios, o gosto pelo vingativo, e a hipocrisia pós moderna. Nosso bar apenas uma casa, um shallon judeu. Um pós mortem, uma adoção de doçura ao que se estampa pouco e amargo. Os dias curtos caem como as sentelhas patéticas que obesos proclamam, de modo que nosso ambiente recepciona o furto primordial da criação divina, a elaboração da guia, do cabloco, e o saravá!

Agora somos em três, discutimos e ouvimos antes de cantar, de modo que o que nos opõe se aproxima, a saga da verdadeira fumaça inexistente, da teoria do Super homem, das bobagens sociais, das nossas ciências xulas. O universo é tão ateísta como o sujeito que fuma, e saliva com fumaça presa nos dentes. A sessão de descarrego começa com três formas, e prossegue, a caravana insiste, no asfalto, no "não faça isso, ou aquilo", em seu, no meu jeito confuso de ser "Patético".

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Cosmopolitan (Parte II)



Quantas palavras poderiam sair de sua boca? Em alto e bom som, com clareza determinada, de modo a conquistar os braços dos ouvintes, expectadores, e afins, ela sempre proclamava sua liberdade. Morena, pele alva, assassina por natureza. Rompia com deus da mesma maneira que romperia consigo, e de variáveis formas possíveis torturaria seu próprio espirito. Costumava dizer que pesava tanto, o quanto carregasse consigo, que outrora era de cerca de 90g. Dos cabelos finos, à pele macia, ao desejo de todos os marmanjos entrelaçarem-se em usas coxas rabiscadas. Altiva, durona, classe não lhe faltaria quando queria, coração de modo algum lhe perdoaria, angina, esse era seu mal. Os ciclos menstruais, tão banais quanto as notas de reais que brotavam em sua bolsa, à sua maneira, durante vários anos foi feliz. Torturou, matou, e reviveu velhos amores com grandes planos, até dominar seus infelizes enganos. Usava echarpes, cabelos bem cortados, mexas tão douradas e apetitosas como os últimos raios do dia, sapatos bailarina quase sempre vermelhos, e um pouco das anedotas de todos os pobres que já à procuraram.

Sentava-se nos últimos dias, sempre na mesma fileira do balcão, no mesmo sujo e redondo banco. Salvava-se de si mesma naquele espaço. Uma cerveja, sempre começava com qualquer uma que fosse forte, e clara, apesar de sua pompa, sua elegância, e seu soar requintado, gostava do simples, e o simples sempre fora o seu pecado, de modo que se um bem fizeram à ela, fora provar sua beleza e cuspir em seu status. Metódica em protocolos de banheiras etílicas, começava a degustar sua cerveja e logo após enviava sinais gráficos ao seu aparelho visual, rogava como uma virgem pelo seu primeiro cigarro e de modo algum, expunha aos que se interessavam seus pecados. Bandoleira, pistoleira, armada até os dentes de nossas preces mais angustiadas.

O garçom a servia com afinco, os olhos negros saltavam como duas jóias aos seus sapatos. Não que ele se interessasse pelo seu corpo, pelas suas curvas perigosas, ou pelos seus passo-a-passos, não que ele em seu presente quisesse constituir família, ou cometer velhos erros do passado. Estava alí, sem fingir comprimentos, sem soar extravagante, apenas para deleitar-se dos novos planos, do futuro incerto, da dor que este provocaria em outrem. Sadismo, apenas isso e nada mais e para ele, o balbuciar vermelho dos lábios dela eram sempre os mais aliviadores. Gozo.

Os pormenores de sua epopéia eram de fato interessantes, mas não à ponto de tortura, não ao ponto vermelho de um bife. Eram apenas historias de crianças brincando com suas maldades afiliadas, traziam um teor cômico, baixos, alto, de modo que não era de onde vinha, pelas entranhas de sua querida mamãe que importava. Não isso era apenas um preço à pagar pela companhia agradável. A tortura estaria em seu presente do passado, e talvez com sorte, em seu futuro imperfeito. Há pouco, deixara um senhor na merda sem saber. Sujeito insano, ele pelo que ela diria e isso pressuponho eu, iria do inferno ate onde necessário para ouvir palavras dela, mesmo que fossem para sodomiza lo. Era capaz de caminhar quilômetros apenas para ver os lábios sussurrarem algo que o fizesse transpor o limite do acatável. Aqui, ele jamais entraria com ela em posse, e tão destrutivo ela fora, que nem mesmo ela saberia se teria sido. Gosta disso, ele gosta disso, o garçom mais ainda.

Dizia tal moça que esteve cerca de dois anos dividindo sua vida com o traste, de modo que nem mesmo traste seria um bom adjetivo, às avessas de compromissos, às avessas de seus gostos, discutiam, se amavam, aterrorizavam a vizinhança, e por fim, tinham uma vida convencional. O que era em suma, um inicio promissor, desenvolveu nela um medo pelo futuro certo e quadrado, de modo que ao que consta nos anais de sua vida, terminaram por incompatibilidade de ideais futuros, o que em mínimas letras diria seu narrador, ela já o queria chutar. De modo que isso é o que menos importa, aqui ela estava refeita, cansada, mas não solitária, aqui ela buscava apenas uma cerveja, e nós vermes, buscávamos mais. Mais de seu corpo, mais de suas palavras, mais de sua felicidade, mais de suas poucas e boas torturas. A visão pode parecer-se turva, e nada clara, mas a narrativa era encantadora. Dirigia-se com um reflexo alpino ao garçom.

- Carlos! Mais uma cerveja honey! - Olhos fechados, boca entreaberta, e frio calculo de opções.

- Claro madame, pra senhorita, quantas forem necessárias. - Pega a cerveja, caminha ao encontro do Diabo, e confere a marreta em seus chifres. - Sabe! Estive pensando. Você do alto da juventude, dividiu dois apartamentos, com dois caras completamente diferentes, e como me disse à pouco, ainda assim seus terminos foram extremamente semelhantes. Realmente se cansa da próprio vida tão rápido assim?

Ela ria, compulsivamente ria. Escondia as mãos, domesticava sua lingua e proferia.

- Rá! Hilário você honey! Sempre com perguntas inoportunas. Alias, por que tamanho interesse nas minhas cagadas?

Educadamente Carlos, o garçom destemia-se. - Ora madame, ossos do vício. Saber é algo que me cria sempre boas histórias futuras, e assim eu sempre procuro ter gozo no trabalho.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Cosmopolitan Pré-fácil (Parte I)


As árvores trêmulavam sob os ventos de vossa biografia, tênue, os ares do espiríto cantam como pássaros soltos do cativeiro, até os vira latas merecem mais sossego. Uma vez recompensado com suas garrafas soltas sobre cérebros desalmados, e por vezes corpos desnudos, altamente desprovidos de ser, se acumulavam em sujos e belos colchões. A vida não poderia ser menos bohêmia, menos chula, menos moral. Se você deparar-se com atualizações de face a face, facas no pescoço e borbulhar do café fervendo, e começa se a pensar em como pensar. A biografia é apenas tempos um tópico dos dias modernos, e o Cosmopolitan um drink com variável des-graça, de modo que todas as bandeirolas de são joão são tão, ou mais, abrasivas. Literariamente diria o ser, "Nem tudo é litúrgia" e eu acrescentaria que nem tudo é um pedaço de rim. Face a face com o cowboy de drogaria, que errante vaga pelos cantos, ou pelas farmácias obstruindo passagens, ou mesmo de frente ao gigante locutor, carinhoso e de afetuoso bom humor.

A cidade para, e cresce como um verme dentro postulado em si. Dentro de studios, dentro de casas privês, dentro de rabiscarias, de maneira alguma o cheiro poderia ser diferente do que o do ralo exposto pelos ideiais "Comunistas" da nossa querida burguesia, bigodes, barbas e papeis, não atribuem cargo aos "merétríssimos" poucos "Dons de porra nenhuma".

Essa é a história, e esses são os fatos a prosseguir. Conta-se a cronologia dos deuses e entrelaçam se na acomodação dos nobres mortais. Demagogia solta em furta cores, estilo d e vida, luxo na boca do lixo, e lixo em todo o restante de seu luxo. Captada entre os egos de senhoras de meia idade, garotos tolos, vingadores de baixa moral, crianças manipuladoras, memórias postumas de quem se foi para um Cosmos alternativo, e assim vão eles. Chafurdando-se nas ruas, enchendo o peito de ar. Quites de desenvolvimento falho e o garçom só se era ouvidos.

Sala retangular, poucos bancos à frente do balcão de infortúnios alcoólicos, de modo que o ambiente se via em tons de amarelo, sépia, e demais regionalidades. Alí alguns poucos hérois frequentavam assíduamente, alí poucos davam alôs ao futuro brilhante, de modo que eram quase sempre desempregados, bandidas, e pastadores de latrinas. Obrigar-se a ser sociável era o trabalho daquele que ocupara o posto de "batedor de carteiras etílicas", sujeito magro, moreno, cerca de pouco mais de um e setenta de altura. Servido de suas armas "destilativas", de toda a dopamina que poderia jorrar ao balcão, todos os corpos que alí ainda iriam se adormecer, e por que não, de toda a narrativa cruel e enjoativa. As sobras dos petiscos, ao cheiro de vômito, as cinzas no chão e a verdade clara, surda e nua como um pedaço de algodão, afinal nem tudo é sujo, mesquinho, ou controverso.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Monólogo ao pé do ouvido

- Dez mil diabos soltos entre seu portão, e então não aponte o dedo pra mim, não doe além do que pode estar perto de ti!

Essas palavras ricochetearam pelo salão, em voz alta, tom vibrante, e pouco a pouco desfalescida. Ocupado com teus gatilhos, respingos e pontos de mácula. Da retórica ruim, do falho português e das advertidas conjugações e interpretações de texto erradas.

- Ora! Basta, não fique tão perto quanto um guaxinim roubando lixo alheio. Você já caminha demais sobre o asfalto, proclama por poucos e se abaixa demais! A violência contida nos quadrinhos, nas esquinas e os travestis pedindo socorro mútuo aos policiais. Chega de boca do lixo. Boa escrita não é mais sexy! E você está na lácuna dos porcos, cretino!

O temporão, o filho de caim, saudava assim seus proximos convidados!

- Muitos talentos e boas poucas serventias, não se reprima em troca de contatos com hipocritas como você, não se torture com correrias como um Cheetah!

Os próximos pensamentos podem ou não serem artísticos, ou não ter graça, gala, à altura, mas não estão inseridos em contextos cinícos ou de duas caras! Nunca houve uma máscara, e como Bowie se cria e recria, nada há para se fazer valer em dias de chuva intensa, calor exaustivo e brutalidade em rins roubados. Pense caminhe e trate de roubar um banjo!

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Click


Click, fora o efeito sonoro do furto de seu ventilador, o calor estava insatisfatóriamente desgastante, degradante e entre os furtos e furos nas orelhas, ressoava entre os dentes o pouco português que sempre nos falha. A fumaça, continua, inflamando os pulmões de densidade demográfica, justificando os meios aos finais. Eram quase meia noite naquele apartamento de estofamento nitidamente brega. As pestanas fechando tanto o quanto fossem necessárias, e o sobrenome se alteraria por gosto próprio da malandragem. Dos sons nada pode se dizer além dos ecos sob o silêncio em pensamentos torpes em literatura barata, culminando em sorrisos satisfatóriamente debochados. Maldita liturgia.

- Certo rapaz! - Pensou rápido e ávido, de modo a marginalizar a postura recorrente de si mesmo e sorrir pela falta de argumentos plausíveis apresentados.

Todos os comprimidos, despojadamente deixados para poder dormir, e todos os blás ditos a si mesmo em seu núcleo doentido passaram a ser uma distração fugaz, tanto quanto o demônio teria em um carteado. O prazer já se via como o de uma meretriz de classe aconchegada ao sofá, contando sobre "As incriveis aventuras de Gulliver", de modo que o sexismo deixava para a realidade dos fatos, dos corpos e da sujeira entre tais quadris, em um balançar frenético, em uma sorte de fome por absurdos. Click, e o cigarro na boca pensando em todos os combos gráficos que poderia instaurar, em toda a vista pro mar que teria e almejava alcançar. Sorte, fortuna e poucos amigos, assuntos meramente ilustrativamente sujos, sacanas e totalmente literários. By your side tocando desprovida de anúncios no rádio, bons e velhos tempos de malandragem recaíndo aos ombros sem dolo algum e a campainha tocava intermitente. Levou se aos berros.

- Que passa porra!- Caminhava e caminhava, torpe pelos corredores, acordado, zumbi do mato enjaulado, e porra nenhuma o vestia. Os pensamentos eram de tensão, tesão e outras atrocidades com "T". Pensara também que se todo excesso fosse visto como fraqueza e não como insulto já o tiraria de seu sufoco. Abria a porta semi nu, sem fontes ou clareza na vocalização.

- Humm... Você?...

- Sim! Eu...Não gostou? - Mortalmente vestida, velórios costumavam ter menos roupas.

- Não, esperava mais de você pequena.

- Mais? - Levemente alterada, adentrou sem nenhum convite, sem nenhum dolo. Nem mesmo um minuto à mais poderiam ranca la de sua pouca e literata vestimenta, tal qual Golias, tal qual o mito do minotauro.

Fechou a porta, e de pronto, sugou sua sáliva, ácida, pecaminosa, e nada puritana.

- Na verdade você pode querer tudo, mas não pode ter! Tá na sua face mas não colado nas tuas mãos. - Respondeu com um certo humor nos lábios.

Ao que os deuses podem profanar, ao que os mesmos podem outorgar, o dia riria de si, menos românces e muito mais ação. Naqueles segundos, os preciosos Sí bemois eram pontos de quem adentrasse com mais ardor às pernas do adversário, puramente brindando ao aprendiz de diabo e rogando da virgem sua virginidade. Meia hora depois, chuva de sangue na avenida de são miguel, cigarros em brasa e corpos em massas, a verdadeira fonte da idealização comunista saltaria da base alimentar do proletáriado, e não de seus bens como diria papai noel. Era notória a fumaça e o básico desconforto em se pronunciar quaisquer sílaba. Qualquer fonte de ar era subjulgada por tons cinza e azuis, pelo covil abrasivo, pelo mod rock aposentado. Alí apodreciam ao se chamar de quaisquer nomes, porderiam burlar quaisquer fontes de luz, e aquecer qualquer termostato. Click, e liga se a velha matadoura de monstros. A Televisão alta, evocando pouca conversa, a formalidade pairando em corpos nus, e por fim os ultimos suspiros ao se adormecer com o óbvio.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Ashes To Ashes Don't be continued...

"...O meu silêncio oportuno de agora certamente é o mais eloqüente dos discursos. Das cinzas as cinzas vamos lá!


"Estado contra Senhor certeza, décima segunda vara"."




Das cinzas as cinzas. O ambiente nada emocionante e muito conservador do universo acata todas as regras, bloqueia seus dizeres e contatos, cansativo e aposentado. RED. Encontrava se ali, agora na hora da verdade, sem explicações convincentes, sem noticias decentes, e iniciando sua nova fase, seus novos dias, à Decadência aliada a elegância de tempos tardios. O corredor, com um bebedouro simples, de chão branco, mármores, e paredes que mais pareciam feitas de papelão não mostravam nenhuma misericórdia divina, era hora de acertar as contas, de ou pular ou se deixar mofar, nada claro, "nebuloso" como diria seu antigo chefe. Passo a passo rumo ao acerto, batimentos cardíacos nada em conjunto consigo, e nenhuma expectativa razoavelmente boa para se orgulhar. Vestido para o velório, culpado de erros magistrais, irritado com a burrice alheia, irritado com as escolhas divinas, e finalmente preparado para a tormenta.

As portas do inferno estavam abertas, seu nome proclamado, sua santidade jogada ao absurdo, encerando teu ciclo, nada satisfeito. Não mais Senhor dureza, não mais senhor escrivão, não mais senhor designer de óbitos. A dificuldade de fechar as portas e a ansiedade causada pela preparação da mesma juntavam se, aglomeravam se, e seu café pra um, misericordioso de si, absoluto em si, gole a gole terminaria. Apenas seu pó no fundo da xícara, gosto amargo na boca, feito pó. Inevitável caminhar para dentro, "Move on man!", dignidade nessa hora era inalienável. Ombros erguidos, moral razoavelmente baixa, ultimo dialogo, ultimas vistas, e fechamento.

"EM BAIXO DO SOL OU SOBRE MINHAS SEMENTES?"

A câmara, pomposa, cheia de gringos, aroma doce ao ar. Justa posição social dos felizes infelizes kamikazes, "Bakara", sua alcunha agora. Tão bom para todo mundo, o jogo é e parece ser sempre assim. Nada de comida, nada de bebidas, nada de rua, nada de sorte e nada de branco. Sabe se que os Juízes cuspiriam fogo em seu nome, ateariam gozos em seu próximo vexame, e essa era sua única expectativas. Descobrira aí! Durante o Circo armado, que sua posição era de último à saber das tendências de seus comparsas no crime. Era um ledo engano pensar nos rabiscos, nos urubus, no futuro. Sentado no próprio vespeiro. Criado pelos seus próprios erros, e desenvolvido a partir de seu vermelho balbuciar durante o "boa noite".

Mesmo sendo difícil não procurar pela vingança, e a resignação não ser seu perfil, iria aceitar entregar se aos demais cambonas, aos seus ritos, seus rolés pela capital, sua deslealdade e lealdade tardia, e mesmo que se odiasse por isso, gritando com sua própria fama, sorte, ego e maltratando suas possibilidades futuras, entrega se os pontos, "Que se retirem todos de uma vez". Aguardara apenas o pronunciamento das chamas para que ao fechar seus olhos, sua cabeça remontasse a velha história, que os dedos fosse apontados para si mesmo, que pensa se em tudo que deu, e seu sorriso seria como a boca do oceano, "Eu te vejo por ai!".

Não há nada que se possa dizer sobre os proclames, sobre os pedidos de casamentos, sobre as prisões impostas, de modo que, nada deveria ter sido dito ou escrito, de modo que este local é inútil tanto quanto si mesmo. As descrições dos passos seguintes foram censuradas, fortes para os de estômagos gástricos fracos. Última notícia, última postagem aos correios. Épico teria sido, mas não teriam visto o quão, "...,e que se fodam...". Como um velho amigo imaginário cantaria, como um velho pássaro negro tocaria aos teus pés e ouviria que deveria lhe deixar voar. Ridiculamente certo, ridiculamente absurdo, dualicamente metida em cordões umbilicais extra grandes, de modo a se poupar sem poupar seu comparsa. Esse era seu ego, sua lucidez, palidez, e outras bobagens que poderiam ser descritas aqui. Sick, Sick & Sick. Dois anos e alguns dias de muito, e ao mesmo, muita.

As confidências apenas para os bartenders, a história do holocausto queimando em barris de óleo em qualquer esquina junto à todas as paredes pichadas, arte feitas, de maneira que seu único pedido após todo o julgamento fora de fronte, face a face, e de todas as merdas, fodas, e agrupamentos de corpos mutilados que propagou, diria que não é fácil como numa manha de domingo cinzenta. Não há futuro já proclamara os punks em seus saiotes. Não há como ocorrer um novo conde, um mono Monte Cristo.

Estrias, cortes, rasgos, sangue, e enfim a solitária. Desta prisão não existe como fugir, não existe como mentir, ou medir sua extensão. Este é o último relato, o último épico, o último som, e certamente a última dose que eu tenho de eu mesmo. Esqueçam os laboratórios de refino, as drogas e os hits do verão passado.

Café pra um. Fechado.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Ashes To Ashes

Aqueles tempos eram sempre ariscos, os pontos sem nós de clima úmido, de pestes de ratos roendo todos e quaisquer restos. Faith no more! As imagens deste ser se profanavam sob qualquer vocalização próxima, e de nada haveria de vale tamanho esforço além de limpar seu nome, aquém de deixa-lo sobreviver em paz. Tanto para você quanto para mim, o sol batia à porta dele, o homem sem nome, o revogado, outrora atendendo pela alcunha de Senhor sabe tudo, senhor vingança, senhor não se meta, hoje dito e feito passado.

Cigarro matinal, leu suas noticias no jornal, café, aceleração, pouca expectativa e rumo ao sul. "Eis me aqui!", diria ele em bons dias, não que o pessimismo tomasse conta de teus dias, não que não buscasse sua reabilitação, apenas sem fé e pobres dos homens de pouca fé, ou não! Após uma lida nada prazerosas sobre seus poucos argumentos de defesa, arremessou o jornal, esboçou sua pequena raiva, e se preparou para o pior. Estava à caminho e vinha como um animal, cheirava como um animal, caminhava como tal. A única incerteza era de qual espécie seria. E estampado em suas primeiras páginas mau diagramadas, "Divisas não pagas, prega-se a moratória". Aquilo foi como ódio aos pulmões, cercado de todos os lados por contas a pagar, por contas a acertar, e cerrar os punhos não valia sequer a pena. Sabe se bem os porques. Bastara um dia de aposentadoria e milhares que o apoiavam e suportavam como endorsers virariam as costas. A faca devidademente guardada, o três oitão acolhido pela poeira dos novos tempos talvez, e somente talvez fossem necessários. Esperava que não, queria que não, e pôs se a um belo banho frio antes de enfrentar as ruas, afinal a caravana não poderia e nem deveria parar.

Vestiu-se de preto, como em um velório granfino. Óculos escuros em dias nublados apenas para manter as olheiras afastadas de quem poderia se interessar, e desceu para apanhar suas coisas, o restante que havia sido lhe entregue em caixas de papelão, sem sequer um bilhete, ou algo do tipo. Pensou alto "Belo reconhecimento hã?!", seu porteiro riu, e acalmou-se mais uma vez, entre tantas que já haveria arremessado a cabeça do infeliz pela entrada do edifício, pensou duas vezes. Aposentado, à isso sim, e talvez não fossem mesmo os dias de voltar-se ao velho sangue suga, ao velho bloodstain, ao velho cigarro reinado em seus olhos. Ponderações e nada mais. Os gritos de fora lembravam teus dias de matança, de rios de ódio brotando aos pulmões, de quando levou sua facada, de quando ficou preso por dias em um hospital sujo, sem sequer visitas conjugais. Belo sujeito, relegado à expectativas postas a prova, e na realidade ele não ligara à isso, a magoa fora corroida há tempos. Um dia não supre uma semana, e esse lema já era velho e sabido, de modo que seguiu, como seguiria agora. Pôs os ombros para trás, esguio, nada de vinganças, nada de não encarar os fatos "filhão", o vermelho dos lábios não seriam de sangue, e tão pouco de omissões mais, iria encarar de peito aberto a multidão louca por seu couro. Pedira ao porteiro infeliz para abrir a gaiola, e como um rato em uma, foi para fora. Vistas, luz e inferno.

A multidão eram só brasas! Eles realmente estavam preparados para o pior, convidaram até seus policiais para assistir o açoite. Aguente, o cheiro, aguente o desgosto de ter abandonado a carreira, aguente o dia nublado com quarenta anfitriões nada saudaveis meu senhor. Sabia que podia optar pela mentira, pela malandragem, pelos socos e pontapés, mas não, aguentou o enxame que se propagou, em poucos minutos já haviam lhe atirado pregos, pedras, ovos, e sessões de cusparadas nada coloquiais e a cada uma, por dentro se odiava, mas ao se limpar, percebera os fatos, os caminhos e o nucleo. O fusca que ainda o aguardara, atipico, não era um frango qualquer, não era alguém que não sabia receber porradas e devolve las ainda de forma pior. Não valia mais o esforço. Abaixou sua cabeça, tapou a boca com a mão de modo a acender seu lapso de momentos felizes em um cigarro, e colocou se a andar, mesmo que isso o fizesse lembrar de orelhas arrancadas, maratonas de trabalho árduo à sociedade, e tudo posto e deposto pela aposentadoria, pelas dores nas costas, e pelas divisas que não estavam claras ao banco. Ódio guardado hoje à elas, instituições financeiras. Seus passos, largos, procurando manter-se são em um universo de paquidermes imbecilóides, entrou no auto, e o piloto rodou. Não se sabia bem, se a cortina de fumaça vinha do carro, ou de fora. Asseava por não ser fogo literal aos pneus. Ande logo, tenho contas a prestar, fontes a secar e muito, mas muito chão para rodar, pensou. Mesmo que a imagem cite e beire o inapropriado, seu biografo saberia que aquilo era auto preservação do que lhe aguardara.

Em seu dialogo consigo, brotaram idéias, percepções, e mea culpas. Sabia que era ele e só ele o causador de tantos absurdos. Sabia que causara por se omitir perante os juízes, e não achar que iria se pendurar tão previamente. Erro, e de erros sempre se tem duas ou doze partes. Sagaz, poupou esforços agressivos, e propôs a si mesmo uma forma certa de se pagar as dividas. De se entregar aos mesmos senhores que lhe obrigavam à matar. E foi o feito. Foi o que já estava certo em fazer. Não iria se omitir, não iria deixar que manchas negras e nuvens turvas abalassem seus novos dias, se a verdade estaria dentro de uma prisão, capitalizaria, venderia o corpo para não ter mais que ouvir ou sentir se acusado por aquele enxame, que provavelmente jamais ouvira verdades na vida, e jamais saberiam delas. Nem todos tem colhões para um face a face, normalmente se corre dele, e noticiários, digitais, físicos sempre são cômodos. Colocou se a caminho de sua nova maratona, como garoto de aluguel, como garoto de recados, já sabia o que fazer. Nenhum tiro mais, e nenhum juiz mais teria como lhe propor isso.

As mãos tremulas, e o abdomêm ainda cortado, criavam mais desconforto do que encarar os fatos, e revoluciona los. Transpor à quem não é de César, o que é de César, sistema judiciário de merda. Os rabiscos em seu corpo quase que se soltavam, via os erros em cada pedaço de seu corpo, do paletó ao cabelo, de sua barba às frases que ele gostaria que ouvissem, e mesmo assim, mesmo transpondo sua raiva das mãos para o cérebro, conteve se. Isso acaretaria muito mais do que vingança, e não era ela que ele procurava, não queria encontra la na marra. Até mesmo os litros de café lhe diziam o mesmo, as memorias e os serviços, bom isso cabia a ele saber que tinham sido bons, eficientes, e árduos, prazeirosamente árduos, Senhor guarda costas!

O dia, e o caminho sinuoso até o tribunal se misturavam em odores, fumaça, gritos na multidão, nada pop, nada mod, nada funk. Apenas palidez reversa, e suas gloriosas lembranças. Se teria de haver um abate, que houvesse então. Não era homem de se ocultar, de se poupar de rasgos, e mesmo aos que lhe propunham serviços pardos, mesmo esses desaparecidos, tinham seus grandiosos feitos, e não haveria de negar. Mesmo na tortura que estavam provocando ao se colidirem com suas proprias palavras. Senhor destino não mais, as armas estão guardadas, so a face a bater, a minha face. Pequenas vitórias vem aos tempos, e a abrupta vontade de se referir se à elas com mais tempo, não era mais encorajada. Não tinha tempo, apenas um aviso, apenas dores nas costas, apenas dias esquecidos e não validados, como este mesmo argumento jamais será por eles. Desceu de seu glorioso fusca, em uma calçada destinada à portadores de necessidades especiais. "O caralho, são e continuarão a ser alejados" pensou, e como de praxe foi abordado por isso.

- Ei! Senhor! Não vê a placa? _ gritou o segurança.

- Vejo, bem distinta não?

- E não sabe ler então? Tire esse carro daí por favor _ Quanta educação de um servidor público, incompetente quase sempre, rancoroso quase sempre, e normalmente nada educado com os populares. Nunca subestime o poder de um terno!

- Sei sim, mande guinchar. _ Caminhei como um junkie, trôpego, ansioso, cheio de vitamina B para queimar às portas de um grande funeral. Crianças deveriam cantar mais, e notoriamente "Be Aggressive" seria um bom tema.

O sabor do vento corria em meus dentes, tão claro quanto o ar absurdo de nunca querer poupar esforços. Os dons, e as praticas, juntos. Aguardando à hora do julgamento que já começara, terminar. Não iria se omitir, não iria se poupar, e provavelmente apenas cumprir a pena atribuída. Ser preso nos dá tempo para pensar em o que estamos errados, é um bom meio de pensar em liberdade futura. Já escapei de tormentas fortes, que não me pegaram tanto quanto quando se está aposentado. Reduzir toda essa atmosfera ao que convém não é uma escolha muito sábia. O cronometro anseia pelo meu nome dito em alto em bom som no tribunal. O meu silêncio oportuno de agora certamente é o mais eloqüente dos discursos. Das cinzas as cinzas vamos lá!


"Estado contra Senhor certeza, décima segunda vara".

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Hotel Liberdade Check In.


Estávamos todos lá. Obsoletos, trancafiados em salas, quartos, saguões e entre-faces, quase desdentados, atolados em crack e satisfatoriamente esquecidos. Sem as lágrimas que aos olhos de vós brotam, sem a moralidade dos porcos que por nós sentinelam. Cigarro a cigarro, só nós enxergávamos, nas soluções de tragos e goles oalgum brilho, de modo que o brilho que importara nos teus olhos seria acometido, por risos, cervejas, e desilusões. Dentre tantas, as salas e escritórios estariam cheias, desoladas. Cheias de não começarem suas noites com o balbuciar vermelho dos lábios, cheias de não sentirem os ápices da forma, da lucidez, do três oitão colocado em fronte a face. É meus caros, a moralidade custa muito caro, e muito era a barganha dos infelizes. Não mais estaria preso à sua jugular.

As duas faces, a coroa da moeda, o cruzamento das almas que não descançam, a fé que se perde, e a luz que se esvai. Sim todos os hipócritas feito eu, todos os de coração fechado como os nossos, todos eles eram bem vindos e uma vez vindos, eram oriundos de ser quem são. Os horizontes tocavam seus dedos, onde a raiva e a ira, apenas iriam e ririam de tanto fomentar mais os silêncios, mais clarões obscuros, e sempre mais gritos no seu silêncio. A rima era velha, e as frases dignas de Erasmo. A porrada e o sangue, a marca dele no chão, o rosto que cai, e a percepção de que estaria apenas posto à um lado, sem oponentes à se ligar, sem socos a jorrarem no ar, de maneira que, sem justiça para que possa julgar. Amoral, como se colocaste deus para avaliar, estariam todos ali. De corações abertos, de perguntas sem respostas, de almas nada lavadas, apenas com seus copos postos de porres para esquecer.

As escadarias, todas eram brancas, sujas, e ensopadas, os corpos que dali caíram, os mortos que brotavam aos montes, e tudo é parte de um, apenas um hotel. Encontrei-me e perdi-me varias vezes por dentro, e quando disse adeus, jurava que não ocorreriam nãos, que não valeriam centavos, e hoje cada centavo é e custa caro, sempre ávidos. Válidos, e fálicos, expostos apenas porque quiseram ser deste modo, chocados com evasivas, tentando rimar, tentando encontrar, varrendo os pulsos no ar, e com o gosto de que iriam ficar não mais que apenas um pouco mais. Sem tetos, sem excrupulos, apenas o blues no quarto. Apenas o Dylan nos ouvidos, e todo o dinheiro que o Cash poderia doar em seus corações.

A dedicação era apenas dos que não se importavam, os loucos caminhavam à serem deuses, e os porcos, há esses sempre adquiriam mais e mais, acumulavam seus olhos, e espíritos, de modo a pintar, a cultuar,a viajar entre os braços das meretrizes, dos michês, dos clichés de "Eu não amo mais você". O fogo do peito, e o rancor dos descamisados, entre as favelas que procuram seu numero, e a teoria da paridade numeral tendem a não ligar mais. Todos eles padecem, morrem e renascem, day by day Bê. E como poderiam doar meus rins para conseguir o sustento, mesmo dentro de um urubu que nunca voa, dentro de um esboço que nunca se termina, e de uma falta que sempre se propaga, profana, endiabrada. A palavra que só existe em português não poderia ser dita, não existem ouvintes para ela, e mesmo assim ainda comunista, prevalece. Com o português falho, com os dinamos dos pobres diabos, com a arrogância dos que já tiveram, perderam, apostaram mais e foram surrados. Entre vinte e um andares, e vinte um corredores, ressoavam, e ressonavam, todos nós. Dói, arde, e costura-se para fora, a estação vazia, as músicas sempre os velhos hits do verão passado onde se esquece, e se volta ao passado para sonhar. Nenhuma notícia sua toca no rádio, os difusores quebrados, e os signos esses sempre cortados e esse meus caros, é o hotel Liberdade, onde estamos instalados, do bom dia malicioso de seus porteiros, aos que correm nus ausentes de comentários, absolutos escravos de seus muitos retardos.

"Bem vindo ao Hotel Liberdade, que sua estada dure tanto quanto as farpas entre meus rins, e que nós nos vejamos entrelaçados, capacitadamente outorgados."

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Tangled Up In Blue


Early one morning the sun was shining.
I was laying in bed
Wondering if she'd changed it all.
If her hair was still red.
Her folks, they said, our lives together
Sure was gonna be rough.
They never did like Mama's homemade dress.
Papa's bankbook wasn't big enough
And I was standing on the side of the road,
Rain falling on my shoes,
Heading out for the east coast.
Lord knows I've paid some dues getting through,
Tangled up in blue.

She was married when we first met.
Soon to be divorced.
I helped her out of a jam, I guess,
But I used a little too much force.
We drove that car as far as we could;
Abandoned it out west.
Split it up on a dark sad night;
Both agreeing it was best.
She turned around to look at me
As I was walking away.
I heard her say over my shoulder
"We'll meet again someday on the avenue."
Tangled up in blue.

I had a job in the great north woods
Working as a cook for a spell,
But I never did like it all that much
And one day the axe just fell.
So I drifted down to New Orleans
Where I happened to be employed
Working for a while on a fishing boat
Right outside of Delacroix,
But all the while I was alone.
The past was close behind.
I seen a lot of women,
But she never escaped my mind and I just grew
Tangled up in blue.

She was working in a topless place
And I stopped in for a beer.
I just kept looking at the side of her face
In the spotlight so clear
And later on as the crowd thinned out
I's just about to do the same,
She was standing there in back of my chair.
Said to me "Don't I know your name?"
I muttered something underneath my breath.
She studied the lines on my face.
I must admit I felt a little uneasy
When she bent down to tie the laces of my shoe.
Tangled up in blue.

She lit a burner on the stove and offered me a pipe.
"I thought you'd never say hello," she said,
"You look like the silent type."
Then she opened up a book of poems
And handed it to me.
Written by an Italian poet
From the thirteenth century
And every one of them words rang true
And glowed like burning coal
Pouring off of every page
Like it was written in my soul from me to you
Tangled up in blue.

I lived with them on Montague Street
In a basement down the stairs.
There was music in the cafe's at night
And revolution in the air.
Then he started into dealing with slaves
And something inside of him died.
She had to sell everything she owned
And froze up inside
And when finally the bottom fell out,
I became withdrawn.
The only thing I knew how to do
Was to keep on keeping on like a bird that flew
Tangled up in blue.

So now I'm going back again.
I got to get her somehow.
All the people we used to know;
They're an illusion to me now.
Some are mathematicians.
Some are carpenter's wives.
Don't know how it all got started.
I don't what they're doing with their lives,
But me, I'm still on the road
Heading for another joint.
We always did feel the same.
We just saw it from a different point of view.
Tangled up in blue.

*** Blood On the Tracks - Bob Dylan.