quarta-feira, 27 de abril de 2011

Speak Low. #1

Seu dedo apontava feito um gatilho de felicidade quente. O cano curto fumegante, bruto e ímpar. Aos ventos do oeste que balançam teu chapéu, às frustrações que comandam teus olhos verdes em manto hermético. Nada deverás seria de fato aproveitado por aquele corpo sujo, apela à mente limpa e ao trapo envolto em tuas graças. "Para a forca, com toda a presa dos milímetros de suas arestas!". Pronunciava o inoportuno, de modo que a fumaça que dizia amar-te varia toda a gratificação de um beijo seu. Roubado que fosse, e digno de um tapa, esbofeteado como as tentativas de empregar a seus sapatos o amor à traseiros.

O cigarro que apanhava os dentes de marfim daquele infeliz, abduziam os corações das mais jovens, velhas e dementes moças. Atribuía ao gozo popularescos, palavras inexistentes, textos descompactados e nenhuma métrica. Nenhum prazer em absoluto se não o próprio. Nem mesmo o ganho alheio aos pêlos retirados de seu gato outorgavam a voz rouca de seus motores. Bastavam esclarecimentos póstumos à lapide, ao fake, ao endosso e mal emprego de grafismos.

Sujeito de emprego estável, vida mansa, e prólogos longos. Não espera por você, não corresponde você e não te faz apenas a única, de modo que também não traria consigo a alcunha de conquistador de terras distantes, de gerações mortas ou postos de coleta. Cada dia menos astuto, menos drásticos, e pouco enfático.

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