domingo, 22 de maio de 2011

Monólogos ao pé do ouvido #03

Quase meia noite no covil do criador. As rotações por minuto soavam viris, transpondo todos os caminhos de sexo, liturgia e liberalismo social possíveis em um só disco. Mesmo assim não estamos nenhum pouco felizes. A concordância falha, os atos falhos, fálicos como uma torre, másculo como o absorvendo do universo! Gramophones, Long plays e compact disc, tudo se renova, gráfica ou imaginariamente.

O filtro do cigarro quase sempre é um temor a ser aceito, qualquer fonte de inspiração astuta comenta meus adultérios. Adultos, físicos, adúlteros!

A criação que tanto demanda do tempo, às mais que qualqueres criações austeras, de modo que mesmo que a gramática sinta-lhe falta, e todos os mortos comentem sua teia sociopata, ainda assim o copo estará completamente cheio e vazio. Espaços vagos e vagas lembranças do que já se foi. O Pete diria que "ninguém sabe como é ser um homem mau..." e nenhum mod poderia envelhecer tranquilo. De fato. Dos arrepios lembro-me pouco, das memorias boas algum desejo de retorno e dos dias caóticos ando convivendo e não aprendendo convincentemente. Teoricamente não existem astros, estrelas e tão pouco artistas, contudo, lixeiros são quase isso.

Ficaremos com o único, o tópico, o fantasioso.



Unitário.

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