domingo, 27 de março de 2011

Barbitúricos #02

Walk on the wild side. Com todas as melodias transpiradas, a locomotiva do próprio sabor suspeito que jamais passaria. Beat, freak, completamente ego. Nada além, de pessoas boas, más companhias, drinks no inferno e quatro seres atingidos por rebarbas de cinzas de cigarros nos olhos. Quatro! Gatos vadios, hipsters malditos, arrogantes juvenis, pedantes esses delinqüentes de aspiradores de pó, de modo que se do pó vieram, a ele iram voltar. Shoots, curvas, e trilhos que descarrilaram em uma Barbarela surealistica. Pontos e elos fracos, frouxos de um cosmopolitam brilhante. Sempre se guiam os olhos ao caminhante noturno, a Ruiva, a Miss Jones, o Sarcasmo e eu.

Tic taque, tic taque, e o isqueiro corrompe todas essas doces emoções, o monólogo cerebral corre como um uivo da coragem em uma matilha completa. Abismo, absinto, doses e homeopatia corporal! Tudo junto em um ambiente só! A prosaica, a epopéia, as palavras que saem sem qualquer cunho hominídeo, foram todas abduzidas por estações de metrô inexistentes, becos escuros não visitados e um bate estaca que não se cala. Tudo recai sob o despencar dos olhos.

Agonisticamente, a fúria juvenil se veste de branco, toma leite e diz que qualquer amfíbio gordo é alheio às perspectivas da nova era. Os poços de etanol deslumbrados com uma fogueira negra de fumaça sépia. Design, old school, redneck and anothers stuffs is cool. Aos infelizes os passageiros desse bonde da perdição dirigiriam suas palavras como uma piada no jornal de domingo. Caberiam maços e prostitutas no bordel, trancado ao deleite do olho mais cortez. Nada de musas, galináceos, ou objetos de fetiche invisíveis. As discussões seriam as de como escapar da caixa, o tom noir deixado para o passado, e o arrasto da chuva inflamaria qualquer intenção de probabilidade digna. Dignidade é paras os fracos que sonham com ela de nove as vinte duas. Nós bandidos de caddilacs falsos, andamos a pé e estapiamos amantes, passionais e engaiolados em um ambiente retrô que não sobrevive, de modo que nenhuma luz da ribalta representa tamanho desconformismo.

Os riscos postos ao rico obtuso inflamável e lúdico entretem mais que garotas semi nuas em jaulas. Amsterdan, Chealse girls, e surpresas em jatos aéreos são negros, de modo que do negro viemos, e à ele cuspiremos a volta pode ter certeza filho

quinta-feira, 24 de março de 2011

I Put a Spell On You



Olhos brilhantes, anel de diamantes, "on the rock's" sobre a mesa. Das presas fáceis não se tira nada, e essa era a regra, de modo que nenhum filho de pregador conseguiria cantar um louvor tão louco quanto aquele coração. Somente os garotos perdidos abrigariam seus quadris de maneira tão juvenil quanto um lobo de presas largas. A presa, a velocidade, e toda aquela bobagem estomacal entranhava um simples sabor de gozo particularmente colocado como um feitiço em ti. Das vozes onde o canibalismo começava, terminavam teus gemidos! Olhos brilhantes.

Todos os tambores, e nem todos os cânticos de Vudu jamaicano seriam capazes de se mostrarem mais abrasivos que tuas mãos, quentes, difíceis, cheias de detalhes onde aguardavam a chave da disponibilidade, entretanto, o eu vagabundo, mantive-me a distância, de modo a comprar um cadillac. Nascido sobre um mau signo, eu plantei um feitiço em você. Dos mangues do Alabama, aos terreiros do candomblé! Todas as trilhas soavam como sons de crocodilos, todo o redneck pride autenticamente comovido pelo chacoalhar de suas curvas, "Shake Your Hips Honey" e faça de mim um filho pródigo.

Santa Madre Cassino pegava fogo quando tocava seus velhos clássicos. Todas as strippers perdiam o sabor em torno de tigres de bengala, entretanto logo o fio solto seria puxado, e todas as atenções se voltariam para o mau nascer do sol. Final da noite, bebedeiras e bitucas de cigarros comporiam mais uma canção. O crupiê estaria entretido, os seguranças mau pagos, e todos os gatos mau trapilhos aguardando um coração cheio de alma. A santidade não teria cabimento dentro daquele corpo, e os pensamentos impuros corroeram aquela garota, de modo que todo o feitiço volta, e atinge seu corruptor. Ah Santa Madre Cassino, aos indíos alcoólatras que corroboram com todas as abstrações que seus olhos me causam! Ah ao desapego, e ao apego de sua carne tremula. Ao que indica dos antigos rituais, se remonta um pequeno projeto de vida. Um orgulho que não cede, uma sede que não termina. Entre poucas e boas ela estaria guardada entre meus rins.

Treze velas acessas, Jambalaya tocava novamente sua velha canção, country, botas e motocicletas. Mata-me se preciso, dê dois tiros no feiticeiro e esteja comigo! O crânio entalhado sob meu corpo carniceiro como é, albatroz que plana sobre o deserto seguindo seus traços! Eu coloquei um feitiço em você, por você ser minha! As doses, e aos filhos das doses. Do flerte às flechas ateadas de fogo! Por você não prometo tomar jeito na vida, mas emaranha-la de um gosto alcoólico, abrasivo e nada tênue. Não me tornaria um pai de família tão pouco largaria o roqueenrou, mas adentraria a cada centímetros da sua pele rabiscando linhas e solfejos, de modo que não seria eu o catador de algodão, mas o redneck do próximo bar sempre!

Riders on the Storm, e novamente Dallas se faria maior que apenas poucos sonhos. Da aculturação, aos pedaços de saliva cicatrizados confortariam nossos corações! A jukebox tocaria sempre as velhas canções e Elvis não estaria gordo, mas orgulhoso de nosso pouco comportamento. Não colocaria meus serviços dentro de qualquer linha normativa básica. Não seria eu um culto, um charmoso cavalheiro refinado, de modo que também não deixaria de trazer à você como minha dama. A valsa no salão convidativa, os gritos e suspiros abstraídos pelos teus sorrisos e a Santa Madre Cassino servindo com aconchego todo nosso blues! Antes de me acusarem de desviado, desvairado e vagabundo, eu lhes digo, sou vadio tanto quanto qualquer gato negro em uma noite parda, mas dê uma olhada em você mesmo!

Meu cigarro aceso, minhas mãos desperdiçado todo o tempo ainda não gasto e entre copos meio vazios eu coloquei meu feitiço em você, por você ser minha!

quinta-feira, 17 de março de 2011

A Fever Of A Redneck Pride!


Sim, você tem sapatos tristes, um rádio cheio do cheiro do blues. Balas e uma pequena janela em que pode me ouvir vibrando. Sim você mesma que tem cigarros entre os dedos, arcos, e estranhos perseguindo teus passos. Já me ouviu vibrando hoje? Jeans justo, ossos justos, e toda a pouca vontade de vadiar! O orgulho, a prática, e o dedilhado na tua carne trêmula. Você já me ouviu vibrar honey?

o Guepardo que habita em teu corpo comentou comigo de sua pouca satisfação, que teus dados ainda estão rolando, e que todas as apostas em meio as mesas de bilhar são frouxas pelo riso que escorre da tua boca. A vermelhidão dos lábios ecoando palavras que ainda não ouvi de você, expectativas e rumos novos ao norte, sessões no deserto árido, árduo e aguardando todo o Voyeurismo de nosso show.

Das pedras que rolam e não criam musgos, aos corvos negros cantarolando uma canção, "you gotta move". as mãos escorrendo como o slide nas cordas da Dolores, e a prática sendo observatório da perfeição. Bêbados, vadios e sórdidos. Dois gatos sujos em uma noite parda, inundados de flâmulas pop. Acometidos de raízes extensas advindas da areia. Um extremo mar de areia.

Olhos nos olhos, e ninguém precisa me dizer o que você viu. O calor do teu pulmão, o soldado entrincheirado em tuas pernas. Minhas perdas, e meus danos celebrado como um cão vadio honey! À você todo o meu mod rocker, meu redneck pride, ás alturas do teu flerte, ao cume alto em que grita e explana teu nome "las Vegas". Tudo e exatamente nada é o que cabe em um copo de úisque. Cowboy, totalmente sem gelo e a vi a verdade escorrer de tuas mãos, dedos e afins.

Com os cabelos ao vento, as rosas mortas já foram entregues aos póstumos parceiros, Mickey and Marllory Knox dançam sobre essas sepulturas. Aguardado o desfecho. Dentre as agulhas, os traços e rabiscos, outra garota levou minha agonia embora. Sinta-se bem com uma febre do orgulho Caipira!

quarta-feira, 2 de março de 2011

Monólogo ao pé do ouvido #02

Aguarde o convite. Não entre ou deslize onde não lhe é evocado. Evite traumas de dramaturgos, caminhe entre o vale das sombras, à beira morte, da beira você enxerga o abismo, e nunca existem queda que não se possa alçar. Quinze anos. Meio de vida. Todo conjunto habitacional aglomerado pela faca em seu pescoço, e você nem liga. Dispara, sob o céu, sob o acasso, milhões de balas nada endereçadas, você diz "te pego na curva", e curva se à mais uma dose. Nicotina, taxidermia, modernismo, pós modernismo, ou ambas alternativas, seria esta sua ultima canção. Aqui jáz, o jazz, o mod rocker, post punk de cabelos ao vento de lingua solta. Lingua de trapo, boca imunda, e no fim de que nos resta sem a suite roque em rou. Ambos os santeiros, amos, você caminha aqui! De toda aquela identidade rasgada, perdida como uma peça, um emaranhado de peças, esqueça, todos sabemos que lhe falta prática e calar-se, em sonegar o esforço.

Parte exata, entre minutos, aos que restam minutos.

Ela desce seca pela escada de teus dentes podres. Boca, sorte, affairs. Árida como um clima ruim alcança teu esofago sem estofamento, e tardiamente cai como uma pedra sobre os rins. Das entranhas caminha como o próprio foco, de modo peculiar, a guia em mãos, ao caboclo, e todo o resto saravá, mais um gole e ela está lá. Como um odor desagradavel pelo corpo. Ácida.

Ao suor, ao furor, e todas as outras bobagens de imagens pré estabelecidas, à arrogancia de um tiro no nariz, a bobagem de ser intocável. Tudo isso ela tirou, de si, de varios, e posteriormente tirará de terceiros meu caro. A fé que nasce entre terreiros, dentre brancos, negros, e pardos. Somos todos pardos meu irmão. Para ela o tom é sempre noir. É desnecessária, tanto quanto alguém que não se vê à meses. O nome dela você sabe tanto quanto eu. Necessária. Entidade necessária.

O corpo que a resite é o mais profundo de qualquer corpo. O democrático corpo que à reside, de modo que não há espaço para ciúmes, vislumbres, ou argumentos. Das mãos chacolhando, do ouro escapando entre teus dedos. Mente sã, corpo Santo. Esqueça, não funciona aqui. Entretanto, somos ótimos caçadores de idiotices, queimamos os dedos, fazemos preces aos que já foram, e promessas aos desconhecidos, fé, de maneira a trivia permanece, entre os poucos resistentes. Não somos assim tão resistentes. Página que vira é página lida, nem sempre compreendida, nem sempre ardua, ou fácil, mas sempre lida.

Resistem, residem, e obstruem o tráfego. O corpo que a reside, é o corpo do copo, da taça, do injetor, do gargalo da garrafa.