quinta-feira, 24 de março de 2011

I Put a Spell On You



Olhos brilhantes, anel de diamantes, "on the rock's" sobre a mesa. Das presas fáceis não se tira nada, e essa era a regra, de modo que nenhum filho de pregador conseguiria cantar um louvor tão louco quanto aquele coração. Somente os garotos perdidos abrigariam seus quadris de maneira tão juvenil quanto um lobo de presas largas. A presa, a velocidade, e toda aquela bobagem estomacal entranhava um simples sabor de gozo particularmente colocado como um feitiço em ti. Das vozes onde o canibalismo começava, terminavam teus gemidos! Olhos brilhantes.

Todos os tambores, e nem todos os cânticos de Vudu jamaicano seriam capazes de se mostrarem mais abrasivos que tuas mãos, quentes, difíceis, cheias de detalhes onde aguardavam a chave da disponibilidade, entretanto, o eu vagabundo, mantive-me a distância, de modo a comprar um cadillac. Nascido sobre um mau signo, eu plantei um feitiço em você. Dos mangues do Alabama, aos terreiros do candomblé! Todas as trilhas soavam como sons de crocodilos, todo o redneck pride autenticamente comovido pelo chacoalhar de suas curvas, "Shake Your Hips Honey" e faça de mim um filho pródigo.

Santa Madre Cassino pegava fogo quando tocava seus velhos clássicos. Todas as strippers perdiam o sabor em torno de tigres de bengala, entretanto logo o fio solto seria puxado, e todas as atenções se voltariam para o mau nascer do sol. Final da noite, bebedeiras e bitucas de cigarros comporiam mais uma canção. O crupiê estaria entretido, os seguranças mau pagos, e todos os gatos mau trapilhos aguardando um coração cheio de alma. A santidade não teria cabimento dentro daquele corpo, e os pensamentos impuros corroeram aquela garota, de modo que todo o feitiço volta, e atinge seu corruptor. Ah Santa Madre Cassino, aos indíos alcoólatras que corroboram com todas as abstrações que seus olhos me causam! Ah ao desapego, e ao apego de sua carne tremula. Ao que indica dos antigos rituais, se remonta um pequeno projeto de vida. Um orgulho que não cede, uma sede que não termina. Entre poucas e boas ela estaria guardada entre meus rins.

Treze velas acessas, Jambalaya tocava novamente sua velha canção, country, botas e motocicletas. Mata-me se preciso, dê dois tiros no feiticeiro e esteja comigo! O crânio entalhado sob meu corpo carniceiro como é, albatroz que plana sobre o deserto seguindo seus traços! Eu coloquei um feitiço em você, por você ser minha! As doses, e aos filhos das doses. Do flerte às flechas ateadas de fogo! Por você não prometo tomar jeito na vida, mas emaranha-la de um gosto alcoólico, abrasivo e nada tênue. Não me tornaria um pai de família tão pouco largaria o roqueenrou, mas adentraria a cada centímetros da sua pele rabiscando linhas e solfejos, de modo que não seria eu o catador de algodão, mas o redneck do próximo bar sempre!

Riders on the Storm, e novamente Dallas se faria maior que apenas poucos sonhos. Da aculturação, aos pedaços de saliva cicatrizados confortariam nossos corações! A jukebox tocaria sempre as velhas canções e Elvis não estaria gordo, mas orgulhoso de nosso pouco comportamento. Não colocaria meus serviços dentro de qualquer linha normativa básica. Não seria eu um culto, um charmoso cavalheiro refinado, de modo que também não deixaria de trazer à você como minha dama. A valsa no salão convidativa, os gritos e suspiros abstraídos pelos teus sorrisos e a Santa Madre Cassino servindo com aconchego todo nosso blues! Antes de me acusarem de desviado, desvairado e vagabundo, eu lhes digo, sou vadio tanto quanto qualquer gato negro em uma noite parda, mas dê uma olhada em você mesmo!

Meu cigarro aceso, minhas mãos desperdiçado todo o tempo ainda não gasto e entre copos meio vazios eu coloquei meu feitiço em você, por você ser minha!

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