quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Killer on the road...




Filho de Sam. Aquele que caminha na eterna sombra de um asno, envolto em soberbas e desfunções. Todos os tiros de um entusiasmo torpe, tropego, e absoluto. Ano de 1955, Caddilac's roubados, curvas perigosas dentro da BR que se pode chamar de inferno. Onde os gemidos voam carentes e a velha cobra negra geme e chacoalha seu rabo intermitentemente.

O palco, polvo que lhe abraça em eternos tentáculos, de modo que o vibrato alcança a forma mais desenvolta, cigarro na boca e um gosto eterno de pele entre os dentes. Vou indo baixo, com tua alma presa entre meus dentes. Na primavera de 69 que jamais lhe acometeu, das motocicletas que percebeu. Segue como um albatroz envolto em tempestades infinitas.

VHS, K7's, e outras bobagens transpõe todo o risco que jamais poderia largar. O vicio eterno de quem empunha Dolores entre os braços. As ásperas cordas vibrando entre seus dedos, de maneira que "Magic Fingers" seria um bom nome de disco, tal long play, gravado em 45 rotações.

Os duzentos quilômetros foram alcançados, todos os motéis da cidade baratos visitados, entretanto jamais a levei para casa, jamais lhe disse que você seria minha, de modo que a mansão dos mortos dizia-me a onde seguir, envolto em brasas, colegiais e detestáveis almas perdidas. Aquele em que apagara um cigarro em cada braço, que fisgaria uma alma com primor escandaloso, que trairia a si mesmo e se chamaria "Conquistador". Filho de Sam, filho do slide, filho de caipiras negros, absolutamente filho de si.

Aqui todas as notas soam como teclas negras, todos os sons ecoam como um verão sonolento. O banzo, o banjo e você Dolores equivoca.

Um comentário:

Érica disse...

Só pra não perder o habito.