domingo, 18 de setembro de 2011

Life on Mars?

Ela poderia cuspir nos olhos dos tolos, abraçada à um velho rapaz. E quando todos os marinheiros aportarem seu vigor rijo uns sob os outros, a América se ligaria em agonia de dez mil cavalos ou mais. "Dê-me uma olhada, você mexeu com a face errada." Diria ela em tons de desdém, gemendo como o timbre de uma velha gaiola envolta às dissonantes de um teclado utópico, fingindo no calor dos ombros o gozo dos lábios. Sim, "We have!".

Não mais que uma quimera, não menos que uma morte lenta e sagaz, ali, aqui, jamais estaria em casas de óperas, jorrando o desespero de um olhar feliz ao globo. A garota oferece ao homem de negro, ao negro, ao que se aproxima. Nossos braços dados, quebrados. Um tanto doces, padres e belas visões e boas vibrações voam como a chuva de uma face erguida, um soco, um ano preso ao seu olho, cinco anos em uma jaula brilhando como de fato é.

Todas as regras foram feitas para se destruir em prol de um anjo novo, quantitativamente harmonioso, focal. Ela vem assim como vai, tanto tropega quanto insinuativa, trançando suas pernas tal qual o bordado se risca, de modo que não estaria apart.

Granulados como o destino em três por quatro. "Eu sou o tubarão em um universo de espaço tempo em que você se prende." Não finja-se com a realidade de pequenos espaços divinos, como se realmente se importasse com seu olhar pálido e elétrico, a menos que ele evolva-se sob mim. O tempo em que um cigarro aponta sob o rosa de seus lábios, esticados entre dedos esquecidos, longo, longo suicídio em comum.

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