quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Monólogo ao pé do ouvido

- Dez mil diabos soltos entre seu portão, e então não aponte o dedo pra mim, não doe além do que pode estar perto de ti!

Essas palavras ricochetearam pelo salão, em voz alta, tom vibrante, e pouco a pouco desfalescida. Ocupado com teus gatilhos, respingos e pontos de mácula. Da retórica ruim, do falho português e das advertidas conjugações e interpretações de texto erradas.

- Ora! Basta, não fique tão perto quanto um guaxinim roubando lixo alheio. Você já caminha demais sobre o asfalto, proclama por poucos e se abaixa demais! A violência contida nos quadrinhos, nas esquinas e os travestis pedindo socorro mútuo aos policiais. Chega de boca do lixo. Boa escrita não é mais sexy! E você está na lácuna dos porcos, cretino!

O temporão, o filho de caim, saudava assim seus proximos convidados!

- Muitos talentos e boas poucas serventias, não se reprima em troca de contatos com hipocritas como você, não se torture com correrias como um Cheetah!

Os próximos pensamentos podem ou não serem artísticos, ou não ter graça, gala, à altura, mas não estão inseridos em contextos cinícos ou de duas caras! Nunca houve uma máscara, e como Bowie se cria e recria, nada há para se fazer valer em dias de chuva intensa, calor exaustivo e brutalidade em rins roubados. Pense caminhe e trate de roubar um banjo!

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