domingo, 20 de fevereiro de 2011

Barbitúricos

Eu ainda nem senti, o que te faz brilhar. Os faróis ainda são todos tão faraônicos quanto eram quando nós tínhamos dez anos. A nostálgica, o amor futuro/passado, nada existe em um banheiro sujo, para todo sempre, todo resto de nada, e eu ainda não ouvi, de onde podem vir palavras tolas, e a amargura de todos aqueles que se proclamam espertos, a verborrágia solta entre dentes ainda é a mesma e velha verborrágia de tempos atrás.

Aos passos largos dou meu alô, aos quintos do inferno onde provavelmente vou, aos que tem coragem de ouvir, falar, e soltar seus pontos negros, à estes mais e mais de mim é solto entre copos, Barbitúrico e densidades noturnas. As mulheres que acontecerem, os filhos e os pais que choramingam em meio ao petardo, o meu alô. Nossos passageiros são quase sempre menos sinceros do que qualquer gato vadio. Nada como fazer de tripas coração, enxaguar o grito com a demanda e os pontos cegos dos dias de hoje. Ouvir pensamentos é um luxo raro. Crer na qualidade de odores ácidos não basta como alento. Esse é o meu alô.

Alô doutor. Alô aos camelôs, e mendigos vadios que ganham seu lugar. Obriga me a postular o futuro. Erasmo, Carlos, e todos os outros ainda são tão românticos quanto eu rasgando minhas veias, e que feio.

Ainda não escrevo como gostaria, não faço o que gostaria, e o radiantismo pateta, ainda não encontrou-se com os meus ossos, nem da lua, tão pouco das maratonas. Abandono meu lugar, abandono o teor de Ulysses, abandono as poucas e boas traquinagens. O mod Rocker que não vai à canto algum. Todos eles estão embebidos em um rio destruidor selvagem, animal de pouco teor poético. Não agradeço e tão pouco respiro veneno, entretanto, os méritos da derrocada dos peitos abertos, dos tipos, tiros e basta. A semiótica aplicada à vida, aos relacionamentos, de modo que vai acontecer, e ainda irei eu encontrar. A moral dos de pouca, a minha pouca. Não se embriague com sorrisos tolos de pessoas tolas. As tripas são tão grandes e pulsantes quanto o coração, entre os rins todos os encontros e desencantos e mesmo assim, ainda pluviométricos. Enganosos, mesquinhos e abertos.

Amores brutos, sangue exposto, e muito gozo "...Agradeço aos talentos dos quais sou escravo...Agradeço a capacidade de ser quem não sou, e de ter não somente duas faces, mas sim, oculta-las..."

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