segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Última Dança.

Teu coração pede paz,
A vida pede passagem para escapar entre os dedos.
À todos que renascem para não desistir,
Para surgir algo novo em folha.
À todos que se mostram,
E não foram feitos pra abusar de si mesmo.

Talvez seja a última dança, se é assim que tem de ser.
Talvez seja a última dança, mas por que pesa tanto?

Agora não faça nenhum barulho,
Nem estale seus pecados com fogos de artifício.
Qualquer dia desses essas correntes serão menos pesadas,
Não espere as consequências gritarem nos ouvidos,
Não crie expectativas de dias chuvosos.

Talvez seja a última dança, se é assim que tem de ser.
Talvez seja a última dança, mas por que pesa tanto?

Hoje nasceu, aquilo que deveria correr,
E talvez todas as estações toquem suas canções favoritas.
Para todo pedaço que cai, surge um, esperando o seu lugar.
Não espere as consequências gritarem nos ouvidos,
Não crie expectativas de dias chuvosos.

Aos que precisam de todos que ama,
Dentro da cabeça, muito forte para não poder perder.
Aos poucos que estão perto dopados, ou que jurem alto para esquecer,
A vida as vezes escapa entre os dedos,
Não existe jeito certo de perder.
Não existe saída que não às cegas,
Da dor que você sente, ao pouco que sangra de si,

Talvez seja a última dança, se é assim que tem de ser.
Talvez seja a última dança, mas por que pesa tanto?

Todos tem uma confissão à fazer,
Todos temos um medo à recorrer,
Está tatuado na face, no coração partido,
Do melhor que se pôde fazer,
Não existe jeito certo de renascer.
Não existe jeito certo para não desistir.

Talvez seja a última dança, se é assim que tem de ser.
Talvez seja a última dança, mas por que pesa tanto?





Em memória ao pequeno que não pode vir ao mundo. + 21/02/2011

Nenhum comentário: