segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Cai à noite



Cai à noite sobre o dia
Ninguém na escada cantava
Quando a luz do sol esvaia
Seu peito me iluminava
Iluminada, pairava sobre mim a sorte.

De deitar-me ali um dia.
Em nosso leito, nossas memórias.
Cravadas com os dentes, na pele as farpas sob os lençóis!

Cai à noite sobe o dia
Ninguém no convés falava
Quando o ninho que se pôs ouvia
Cai a noite em outro dia
Ninguém na escada cantava.

Nenhuma garoa fugia.
Nem uma magoa existia.
Só a madrugada, só a pouca água, só a tua falta...





* Trecho da Ópera rock "Cabaré de Cego" by Marcus Müller; Mov 11º;

Nenhum comentário: