segunda-feira, 29 de setembro de 2008

“Café, Dylan e distrações!”


A noite sempre começa com o balbuciar vermelho dos lábios dela. Aqui já não mais aquele que outrora outorgava de si o relevo e a forma. Aquele que tirava de um trago a sinopse de uma outra nova história. As fortificantes expressões do cansaço, o português belo e bem pronunciado, adquiriam a profilaxia de novos tempos, de fato. Entre convenções e rabiscos traçados, linhas descritas pelas cartas benignas, extirpavam o tumor de seu “old fashion”. Enfim, encontrara alguém que valha compactuar, desde a sede da coca-cola gelada, à fúria do maço de cigarros amassados. De torniquetes, ao ar da vossa graça. O sorriso, os dentes, e entre tantas, vistas, visitas, sabe se lá o que mais, o negro sempre se pronunciará como uma orquídea. Traços, como se o coração cronológico fosse rabiscado no braço, como se a vida eterna compilada em frascos, e deles as letras para ousar em teu seio. Pousa o leve, e pousa o pesado. O vento sopraria, pelas letras de Neruda da mesma forma que o rosto afeiçoaria ao tumor de Ibiza. O mod rocker mais uma vez convocado. O extermínio do funky bussines outra vez arraigado e tão frio é o estomago, que já me vou ajoelhado.

Nada de aglomerado de vírgulas, que completem o espaço, ou de maltrapilhos fatos que perduram meus recados, fariam mais interessante diria ela a um outro lado. Nem boas ou más idéias, somente as que nos foram agraciadas. Diriam os entusiastas de botequim, que nunca houve um gosto que não devesse ser provado, e sim, eu venho queimando meus litros ainda que de modo figurado. Rimas. “Oh! Rimas”, já se espaça qualquer ímpeto absoluto, destrona e desforra o telhado, de modo algum faz sentido abstrair. Ao inferno em três passos diriam os fracos! Mas eu, bom eu me recuso a não rolar meus dados. Que seja a ultima aposta, mas com ela eu quebro a banca, abro meu novo rastro e forço novamente o esquadro fornicar em seus alvos fáceis. Sabe se lá quando teria outro confronto, e que o embate levaria a minha sincera amenidade. Singular não? Como o café posto à mesa, com sua porcelana elegante. Como um disco de Dylan rabiscando nossos sonhos delirantes, todas as distrações são mais que permanentes para o seu som perdurar vários instantes. Instantaneamente, a Dama arranca do Valete seu vocábulo: “Café, Dylan e distrações!”

Posso ter planado como o Albatroz, envolto em tempestades dissipadas, ou agradecido à sorte que me fora lançada. Mas hoje recuperei muito do tempo que estava envolto em traças. Que me perdoem as strippers, os amigos e agregados. O ultimo tiro eu darei e não restaria muito para ser enterrado. Que seja árduo, rápido, ou mesmo básico. Que tenha o gosto dos teus lábios, o som dos teus ossos roídos pelos meus braços, que rompa a sorte dos lençóis esticados, e que por fim ira valer cada centavo gasto. Não como um show de imagens, ou ofertas parisienses desmotivadas. Absolutamente como a vodka que jorra de supermercados, e o uísque que mesmo velho ainda assim não é gasto, será o nosso ultimo trago. Aceita um cigarro honey? E enquanto eu distraio a groupie, você lhes arrancará cada centavo!

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