quarta-feira, 25 de junho de 2008

Time Dress so fast






- Oi? Pra que perder o tempo sem beber? Você ta tão sóbria! - Sorri delicadamente, com os olhos brilhantes feitos os de gato da meia noite a dar teu salto.

Ela virou-se e sem muitas duvidas expôs sua beleza ao topo da cadeia alimentar - Beber? Pra que beber se eu posso perder meu tempo? Aqui nem tem Martini, nem mesmo sabem fazer um Manhattam. - E ainda sem despir teus olhos negros prosseguiu de modo a deixá-lo absolutamente questionado: - Você fala demais não acha? - Vira seus olhos quase fechados adiante, travou suas mãos sob o balcão e a malicia não lhe faltou.

A partir daquele instante a tempestade durou. Caiu sobre sua cabeça tal qual um elefante gordo. Absoluto, bisonho, mimoso e lustroso. Ele retomou sua postura inicial de olhos a frente, cabeça sobre o pescoço, anatomicamente distinto, absolutamente encantado, de modo que, ela chegava cada vez menos perto, e a distância entre o ego e a estima diminuirá sugestivamente.

- Mais um copo garçom, mais um Bourbon, menos um litro de si. - As palavras nunca foram teu forte, talvez deitar-se sobre tapetes, deleitar-se com costureiras, e abaixar de burlescas seu ganha pão. Outra vez a mesma nota era repetida, sua bravura era exaurida, sua coragem inapta para a sinuêta da ninfeta. - Foda. - Pensou mais uma vez. - Garçom!!! Outro uísque, sem gelo, você já notou como teus olhos parecem carvões espremidos a ponto de se guiarem aos diamantes mais puros?

- É comigo moço? - Ela sem mover-se nem pra mau nem pra bem.

- Sim pra quem seria isso tudo hoje foi um fracasso, só você, eu e o garçom aqui. - Transportou a estrutura de teus ombros para adiante, suas calças justas, sua bota suja, e sua face obscura.

- É, infelizmente já é um fracasso. Ninguém interessante apareceu. - bebeu seu copo de água, e com o auxilio do joelho prosseguiu teu ponto de apoio, de maneira que, ele, sujeito de calças justas, botas sujas e face obscura, colocou-se a frente.

Era nítido o interesse, talvez não o dela, mas o seu sim. Encarou-a de forma tão fixa quanto um tigre a mirar sua vitima, olhou seus pés, com um scarpin preto, suas pernas longas e torneadas, com uma meia calça escura, o lápis cinza de faixas pretas, e enfim a sinuêta perfeita de uma garota que de joelhos jamais provaria aquele sabor. Interessante saber que dentro de uma pequena atmosfera se criara tanta esperança, todos mentem, e mentem melhor pra si mesmos, era um fato. As botas sujas que por vezes o levaram para lá, aproximavam seu dorso ao de sua pequena espécie. A mensagem em língua estrangeira macarronicamente pronunciada em seu cérebro, "Princess I'm a here to conquest your heart". Confesse seu imbecil. Atribuirá a culpa da gula ao pecado da luxuria, confesse!

Um maço e meio de cigarros trazidos e destronados, nicotina, cafeína, êxtase e álcool, doses homéricas de cocaína, entre as proezas que provavelmente separavam sim a ninfeta, sim o cowboy, sim outros personagens sempre giram nas historias entre dois, ou, apenas caberiam menor relevâncias a tais parceiros. O cigarro já estava a tempos soltos sobre a mesa, onde apenas esquentara a boca pra você. Essas quatro horas remetem à três minutos, o período onde sobe, e desce do palco, e não mais a enxerga lá. Que má obsessão, que ótimo subterfúgio para ainda apanhar. Iria sim tocar por nada e julgar divino. O café já tantas vezes pardo, frio e requentado, o cigarro reacendido, e a cordas trocadas. Confesse imbecil, confesse, de maneira obvia e absurda. Reencontre na escada, sorria, e diga alguma coisa não estúpida, de estupidez você já se basta. Arranque a porta, não ligue o que a mãe dela dirá, ou o formato da arma que vai te acertar, enquanto você deixa teus cabelos crescerem, a barba por fazer e se enche de um rio de utensílios, ela te chama de bêbado e conduz um outro passo. Sabe bem como termina essa cartada. Que ética, que demérito, que precisão, por que não? Já que não ensina outro o fará, já que não doma o cavalo, outro guiará cowboy! Você não quer isso quer?







4 comentários:

Luciene de Morais disse...

...Onde estavas,
que não te vi?
Passei de mansinho,
voando baixo sobre os quintais.
Risquei no musgo das pedras
mensagens e sinais,
e chamei-te minha,
- sabendo que te não tinha...
Enquanto as horas corriam em bandos,
histéricas, em brusca fuga
soltando penas,
armei-me em ferros de poeta,
herói de mentirinha,
sempre te procurando,
e ganhando-te a cada rinha,
só para te ter como já te tinha,
em vontades de ser, apenas,
e um medo em cada linha...

Érica disse...

Isso eh que eh comentario longo pra não comentar nada sobre seu texto afinal...rs

ok eu sei que eu não presto e que é isso que vc esta pensando agora..rs

o/

Anônimo disse...

incrível...

Anônimo disse...

hecate sou eu a leidi, caraca eu tenho blog, não me lembrava disso, não tem postagem nenhuma... kkkkk