quinta-feira, 3 de abril de 2008

"Mais rápido, não tenho todos os centímetros do mundo"



Cada centímetro daquele beijo, cada quimera daquele queixo. Toda a sabedoria daqueles olhos cinza, qualquer facilidade era obstruída. Sentado se tornava de pé, aos pés dos santos, imagens patuás, pragas e destilados, ambos cortantes, a tranqüilidade afligindo níveis drásticos de respostas sem questões, e gritos objetivos em paredes brancas. Pensou que certamente estaria em um hospício? Estaria tranquilamente pescando com noutros primos? Qual conexão entre os fatos, a realidade inerente o francês idiotamente atraente, Focault, Rubens Pierre, bobagens. A moda passou, teu vestido encolheu, a visita sempre vai embora. Algum "irreverente" lhe dando uma bunda de couro transvertida de jaqueta, poucas e muito menos boas, de modo que, ele estava ali.

- Quem é João Gilberto? Quem é Maria Flor? - Intensamente carregava teus olhos tensos, o cinza quase verde, o estranho ninho onde o canário sorri, flertava com suas concepções. Tornava a dizer sozinho, a praguejar pelos cantos: - Gosto disso e adoro isso! Algo melhor do que a incerteza da praga e parar somente onde essa nossa rota de fuga se destina? Acho que não. Sinceramente ando mais calmo, mais cafeína, mais e maus projetos me alegram.

De certa forma seria inviável alguém perceber isso. Claro, todos somos muitíssimo santos, apócrifo cairia melhor que Beatles ou Stones. Que empatia seria essa entre ele e seu cão, que confortava da virgem à rameira? Então ele me respondeu:

- Quantas questões, não se cansa de brincar de "eu"? Essa circunstancia chata e impertinente, qual seu problema com isso? - Novamente nem sabia de sua própria sapiência, talvez Bucéfalo soubesse, ele não.

Tantos jargões batiam em sua cabeça, de modo que, ao rugir da noite, seu peito vazio, suas dores no corpo e um conforto. Oh sim, um grande conforto! Celebramos à ti a vida! Sim, deus guie a cafeína! Uma rainha tão grande como a Nicotina, um teste sanguíneo se mostra completamente desnecessário. A fim de julgar, odiar mais, gostar mais, estar mais, vestiu sua calça xadrez, sua camisa preta, óculos escuros para evitar a hipersensibilidade. Mesmo que ninguém o esperasse, confirmou o café da tarde com sua sombra. Quem se importa? Muita gente diria sua avó, muitos parentes confrontariam o exílio interno, mas era tão fundido com as mangas de sua camisa, tão bêbado quanto suas cordas vocais, sinceramente sentia-se irrelevante como uma abelha rainha de Wally Salomão. (Sabe quem é Wally Salomão? Por favor não se informe no Google é ridículo.) Quantas batidas da marcha tocaram ate sair de casa? Um momento indefinido entre a abertura 1812 e a ilusão de muita gente ser intelectual, tão fraco como decorar as passagens de um livro sem saber seu significado pessoal, quem não faz isso? Bom meu caro ele não faz, parece realmente só lembrar de futilidades. Ah sim, deliciosas futilidades!

Diga-me o sábio Gilberto, por que mudaria eu o texto? Por que tu estarias sóbrio?

- Não sei, porquê? Me separei de Flor, Valentina rompeu, Julliet. Sim Julliet foi a única que mantém minha memória, o coma talvez tenha passado, o canhão rompeu seu lacre, e sim você é um asno em me perguntar isso.

Tranquilamente e certamente você seria mais canalha que eu. Contudo ainda tenho que lhe questionar, se não qual seria minha função ao texto? Ei de valorizar meu pro labore.

- Realmente, nada seria mais interessante que lhe roubar isso, assim como tu roubou-me o sono. Vou te explicar o que me consta! Você é uma versão de Besame mucho, só que teu marca-passo não funciona como uma agulha Hi-fi.

Desculpe João, o único Hi-fi que conheço é a bebida.

- Naturalmente não é tão bom saber de si, quando todos comentam em sua volta.

Ninguém comenta em minha volta, eu sou o narrador, bom eu era. Acho que vou me demitir.

- Seria perfeito, se aplicaria a minha teoria, adoro teorizar quanto à isso. Você se prende a mim como a borboleta à lâmpada meu caro. Tire-me de ti, e tirara seu pedaço mais influente.

Que dramático você.

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