quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Noites de Cabíria Part II
As versões dos fatos não são abruptas, tão pouco propõe um intenso saber do pisque humanista. Onde os fracos não teriam vez eu me via ponto os sapatos para fora, os cabelos a esquentar idéias e a tosse a cuspir meu coração. A única razão de fato era estar a espera. Primeiro de uma estranha. Depois de uma fábula, um baile, uma invenção, ou seria uma composição? Assim que os demônios chacoalhem meu espírito e brotem à sua imagem e semelhança, estaria eu futuramente a escrever livros e obituários. Nada relevante até aqui.
Tipicamente impessoal é o saguão de um hotel. Olha-se para todos os cantos, e sempre soam como iguais. A imparcialidade dos objetos soltos em paredes foscas como se fossem suspensões que nunca deixaram de estar ali, junto à um carpete felpudo em uma variação de branco. De modo que também não se pode esperar muito dos funcionários. Sempre com sorrisos maliciosos, textos feitos, como uma bossa nova revisitada, inevitável deixar-lhes as moscas. Brincar com o primeiro cão sujo que cruzar à frente, ou afagar crianças de estranhos apenas para sentir um pingo de calor humano. É isso ou o alcoolismo.
Já aproximava-se da hora combinada, quando pousei meus olhos nas escadas, e assim como uma raposa impõe seu feitiço fitaram-me dois pés a descer e embevecer a luz. O longo vermelho planava como uma folha solta no outono, a entrada que somente uma rainha poderia ter. E teria, de modo que movi meu esqueleto sem pestanejar. Os sapatos grunhindo nos meus pés cansados de esperar, e a estranha sensação que valeria cada centavo. Algum dia diria "Que você é como um furacão!". O brilho nos olhos inevitável, o suor frio, entre a imaginação fértil de como seria por baixo de tantos véus. Os rumores apenas tonteavam, argumentavam contra meu córtex. De maneira que me colocava como um jovial velho febril. Ela a musa, e eu o compositor. Entre tantos passos não poderiam caber melhores palavras. ,
Os sapatos vermelhos cintilantes contrastavam com as unhas perfeitamente desenhadas, os olhos negros irrigavam os cabelos lisos negros, e só conseguia imaginar o sabor de seu beijo. Desejo, carnalmente abduzido por um copo de uìsque posto para mim ao balcão. Certamente teria de molhar meu bico para ter forças de encarar a multidão com um ser tão acima de minhas capacidades físicas. Como caminhar no escuro se houvesse luz. Ou fantasiosamente, como voar em pleno mar, com os pulmões cuspindo fogo. De fato os meus estavam. Mas não planejava matar ninguém. Acho que nem mesmo poderia matar alguém, era pacato, tímido, e nada simpático.
O entardecer já havia postulado seu tom à algum tempo, uma brisa árida percorria o saguão, e ela estava totalmente envolta em minha presença. Um drink para completar o inicio do primeiro encontro, em copos distintos tudo pareceria mais tranquilo para mim, de maneira que um trago não poderia cortar mais minha garganta, que já não estivesse cortada, ou o ar completar minhas vias aéreas amais do que já me inundara. Ao bar, onde os ricos sempre completam taças de Martinis, os pobres jamais entram, e os preços arrematam todas as carteiras. Não me importa. Importa é o par de estar com ela. A imparidade só se especifica no singular, e isso já sabemos que ela era. Mesmo que o álcool dragasse meu espírito, e certas pílulas desordenassem minha mente, o Texas ainda seria o Texas, e a Riviera francesa ainda estaria lá. Nada existe a ponto de tontear mais. Nada poderia extirpar alem do que meras convenções de tempo e espaço.
sábado, 13 de dezembro de 2008
Noites de Cabíria (Parte I)

Eu a encontrei, como tantas outras foram encontradas, mas a despi como somente ela poderia ser endeusada, no caminho onde a serpente caminha, nem Adão, nem Eva, conquistam individualmente o paraíso, e por hora nada era mais sensato. Do deslizar de suas alças ao desabotoar do tempo, atribuía novamente eu um absurdo conto de estabilidade. Mas vamos não vamos aos fatos, de factóides os tablóides se viciam e nada teria muita graça.
Era fim de tarde, o rodeio da noite eminente, de maneira a prosseguir com o ar menos denso, e os meus passos decadentes. Paletó risca de giz, chapéu, e sapatos de cromo alemão. Deus sabe que nesses tempos de pós guerra a elegância vem em primeiro lugar. Entre Cowboys e bonecas nazistas, somente minha Rolleiflex poderia fotografar a eternidade. Meu cigarro entre os dedos, a gravata listrada, e uma simples espera. A espera dela, descia do saguão do hotel, sobre scarpins, envolta em panos que mais pareciam a fazer flutuar sobre os demais mortais. As cartas escritas por uma leitora assídua de uma coluna fraca, feita por um colunista não menos fraco, haviam rendido uma grande companhia, e de modo que o fato jornalístico agora era encenado pelo ditador das palavras.
terça-feira, 4 de novembro de 2008
Filtro Vermelho

São quase cindo da manha, e a iluminação pública é fraca como sempre. A cada esquina se vê um gato vadio, uma encruzilhada para adentrar teu espírito, é fato que isso aqui não anda muito salubre ultimamente. Acordar cedo é tão torturante quanto espetar em baixo das unhas um alfinete, e os cretinos ainda chamam isso de vida, de modo que cá estou eu com as chaves na mão, com meu Marverick roncando enquanto uma vizinha grita algo como uma evocação demoníaca de seu lar, “Que inferno!”, disse ela sem maiores pudores para o horário. Aquilo era de praxe, outro dia ameaçara seu marido com uma escopeta. Sabe-se Deus como ela arranjou aquilo, que tipo de doente mental dormiria com aquele bagulho a ponto de lhe dar dinheiro? Certas perguntas jamais serão respondidas meu caro. Adentro o carro com o conforto que fora proporcionado a mim. Os bancos de couro, a bola oito como minha válvula de vida, a ponto do cigarro já estar queimando, envolto tão em brasa quanto meu coração, de fato minha mulher me aguarda, e é notório que não irei atrasar.
A atração que sinto, é quase como a do câmbio a minhas mãos, tão delirante quanto às mãos dela no câmbio. Esquento meu motor, checo os ponteiros, a gasolina durará ate que a noite toda passe, minhas pistolas no porta luvas, a faca sob o banco, sempre me diriam palavras sobre alguma proteção. No porta malas, ainda existe espaço para corpos junto da escopeta, e das caixas de munição. Por um momento olho-me no espelho, e checo a boa aparência para minha garota, não se pode deixar uma pequena menina dessas escapar. Arranco enfim, e sigo para onde os bêbados não tem mais vez, Rolling Stones no rádio, “Stray Cat Blues” sempre me faz pensar em como é bom corromper menores. As ruas vazias nesse horário são como uma licença temporária para matar, correr, e burlar a lei, de fato nenhum guarda seria avistado nas próximas duas horas, e era ainda pior durante a madrugada anterior. Aqui apenas se vê mais do mesmo, o de sempre, a inundação de seres bizarros e cafetinas voltando para suas casas. A abertura de padarias, e entregadores de jornais ainda nem apontam seus focinhos fora de casa.
O caminho tortuoso, cheio de sete curvas, inclinado e indelicado. O odor dos arredores do centro nada agradável, de modo que não seria nenhum absurdo despertar irritado. O rio por onde sempre passo, fétido, cheio de más impressões, mas quem liga? Certamente não eu, conforto do meu carro, partindo para o nove entre o dez e o oito, preparado pra dar no pé daqui e seguir até onde houver o ultimo posto de gasolina solitário. O cigarro acesso, serve pra me manter mais perto do calor da boca dela, e isso realmente me traz boa sorte. Já passam das cinco da manhã, e penso na droga que seria atrasar-me a um encontro tão interessante, na verdade seria um pecado não iniciar meus dias com o balbuciar dos lábios dela, com a cerveja verde gelada aliviando o clima da garganta, matando minha saudade com o veludo da saudade dela. Certamente iria pro céu pelo clima, e para o inferno pelas companhias, entretanto, aonde eu for ela estará. Que seja com uma pistola sobre as coxas, ou um rifle encarando nossa danação.
Trinta minutos de carro e cá estou, aguardando por ela, embaixo de seu prédio. Ligo no seu telefone, e ouço mais uma vez aquela voz, e lembro de pensar “Demônio, quase dá pra sentir seus dentes roendo meus ossos”. Desço do carro, desligo o rádio, deixo o seu rock and roll penetrar afiado como um sabre, que corte meu pescoço então. Qualquer definição de ansiedade para ver novamente aquela pele branca, olhos negros e lábios vermelhos conseguiria ser totalmente abstrata, absolutamente inadequada, e obscura como caminha a pé sobre as águas. E pensar que um único parto gerou aquela mulher! Sim seria mais fácil imaginar uma equipe médica montando seu corpo com extrema exatidão cirúrgica, do que apenas um conjunto de junções genéticas. Absolutamente a hipnose filtraria meu sangue vermelho, e se acolheria no braço de minha amarração como a cocaína às novas gerações, tal qual o ópio à Coréia e a bebida aos nossos corações.
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
“Café, Dylan e distrações!”
Nada de aglomerado de vírgulas, que completem o espaço, ou de maltrapilhos fatos que perduram meus recados, fariam mais interessante diria ela a um outro lado. Nem boas ou más idéias, somente as que nos foram agraciadas. Diriam os entusiastas de botequim, que nunca houve um gosto que não devesse ser provado, e sim, eu venho queimando meus litros ainda que de modo figurado. Rimas. “Oh! Rimas”, já se espaça qualquer ímpeto absoluto, destrona e desforra o telhado, de modo algum faz sentido abstrair. Ao inferno em três passos diriam os fracos! Mas eu, bom eu me recuso a não rolar meus dados. Que seja a ultima aposta, mas com ela eu quebro a banca, abro meu novo rastro e forço novamente o esquadro fornicar em seus alvos fáceis. Sabe se lá quando teria outro confronto, e que o embate levaria a minha sincera amenidade. Singular não? Como o café posto à mesa, com sua porcelana elegante. Como um disco de Dylan rabiscando nossos sonhos delirantes, todas as distrações são mais que permanentes para o seu som perdurar vários instantes. Instantaneamente, a Dama arranca do Valete seu vocábulo: “Café, Dylan e distrações!”
Posso ter planado como o Albatroz, envolto em tempestades dissipadas, ou agradecido à sorte que me fora lançada. Mas hoje recuperei muito do tempo que estava envolto em traças. Que me perdoem as strippers, os amigos e agregados. O ultimo tiro eu darei e não restaria muito para ser enterrado. Que seja árduo, rápido, ou mesmo básico. Que tenha o gosto dos teus lábios, o som dos teus ossos roídos pelos meus braços, que rompa a sorte dos lençóis esticados, e que por fim ira valer cada centavo gasto. Não como um show de imagens, ou ofertas parisienses desmotivadas. Absolutamente como a vodka que jorra de supermercados, e o uísque que mesmo velho ainda assim não é gasto, será o nosso ultimo trago. Aceita um cigarro honey? E enquanto eu distraio a groupie, você lhes arrancará cada centavo!
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
Cala-te!

A noite estava fria cortando-me a face. O diabo espreitava em todas as esquinas, em seu micro vestidos de cetim barato, seus tamancos com salto alto. Meu cigarro já estava no filtro e a porcaria da encomenda não havia chegado. Recostei-me à parede, uma situação desconfortável nos pés influíam no meu desejo de foder com tudo e todos, ir à casa noturna mais próxima, me engalfinhar com a primeira meretriz que encostasse a minha vista. Tudo em vão! Os poucos pensamentos entre um trago e uma baforada durariam menos de segundos. Noite árida! O tédio corria nas veias e a corrupção não me deixavam outras alternativas, ademais, não parecia me caber muitas escolhas, o cheque só seria entregue junto à encomenda. Merda, tantas mulheres na esquina e nenhuma fêmea, logo essa cidade vai se transformar em um bordel homossexual, e eu não quero estar aqui pra ver!
A esquina pouco acolhedora, não me inspirava confiança. Talvez pelas luzes fracas, mariposas e baratas circulando como civis. Não sei. Talvez fosse só uma impressão de morte caminhando lado a lado comigo. Como um pássaro negro agourento eu daria com esse serviço meu ultimo vôo! Planejei mil vezes isso, e três mil deixei a oportunidade passar, mas isso não é pra mim. Nem mesmo os médicos dariam um atestado de salubridade para essa posição. Angina, maldita angina! Esperar o que de um velho de quarenta anos, isso não é mais pra mim. Talvez seja para a corporação que estoca quilos e quilos de bagulho e ainda extorque de prostitutas seu “café”. Não pra mim. Eu as salvo delas mesmas. Livro a poluição do ar, e claro nem sempre isso pode ser limpo. Uma vez li em algum lugar, a chamada “Por trás da mente de um criminoso.”. Bolachas que sabe do que diz! Quando se vê a primeira gota de sangue sair do nariz é mais apavorante que quando se dá o primeiro tiro. De fato, a primeira noite de um homem é mais estranha do que o seu primeiro crime.
Enfim luz. Algum automóvel promove a luz! E eu já estou sem paciência pra correr atrás dela. Dou alguns passos e espreito. Angustiante essa demora! Já deveriam estar com a encomenda há horas e não vou procurar parar de pensar tão cedo. Ainda nem passam das três. Embora o veículo se aproxime nada pode dizer se é ao certo o que eu imagino. Na verdade nem sei ao certo do que se trata, sou só o garoto de recados daquele bastardo, e que recado de luxo deve ser esse para ter me mandado. As mãos já estão coçando! DROGA! Melhor apanhar as moedas do meu bolso assim evito maiores problemas com a Janaína. Mas ela é tão linda! Poucos centímetros a distanciam do meu indicador, tão macia quando eu a pressiono, e a posiciono sobre certas cabeças. Ah Janaína! Certo segurar você não me fará mal!
Certo o carro parou, é sim minha encomenda! Dou passos largos, atinjo o ápice de minha dignidade! Bato ao vidro, e ele desce! O azul calcinha desse Opala certamente não caíra bem. Foda-se, não estou aqui pra buscar títulos de lanternagem! O vidro desce e a fumaça sai pelas ventas! Que diabo é isso? Meio cedo para mandar um junkie qualquer cuidar de entregas, porra! Algo não está certo aqui! Pergunto se está com minha entrega. Nenhuma resposta e um som estranho de balbucios. Aquilo me irrita muito, como se eu não estivesse ali, como se ali fosse uma avenida de grande circulação! Ora, diga logo, entregue logo e caia fora! Deus precisa de um trago! Alcanço meu maço, acendo um cigarro e a cada trago me refaço! E então sem mais delongas a porta se abre!
- Ei! Você é o cara? – Pergunta ele, ainda com a cabeça dentro do carro, com os pés para fora. Poderia decepá-los ali mesmo só empurrando a maldita porta!
- Que espécie de gente pergunta se eu sou eu mesmo, oras! Eu tenho um nome, uma cara, e ainda to metido em merda até o pescoço essa noite, então é lógico que eu sou o cara! – Respondi! Como se fosse alguma novidade isso para ele!
- Ei calma! Você ta muito nervoso rapaz, não era essa recepção que eu esperava! Teu lance tá dentro do carro maninho! – Lembro de perguntar nos meus botões, então por que diabos ele não abriu a mala? Quando vi atropelei!
- Maninho é a puta que te pariu, filho da puta! Abre logo essa merda! – Já estava segurando a porta, e sim! Seria extremamente fácil!
- Filho da puta não brow! Se liga que não ta falando com qualquer um! Vai te lascar seu porra! – Que espécie de imbecil procura confusão em uma entrega? Não pensei duas vezes mais! O sangue já estava fervilhando. As idéias não paravam de brotar, e antes que ele pudesse sair, enfiei a porta travando seus pés, arrebentando seu nariz e provavelmente o resto de hombridade que ele tinha! A Janaína agiu rápido! Dois tiros bastaram e nada mais de conversa! O ruim desse tipo de serviço é não, não há hipóteses de sair-se limpo! O Sangue do cara era muito vermelho, e tinha um aroma de suco de uvas. Certamente aquele marginal estava doente, algum tipo de infecção no mínimo!
Abri a porta, apanhei as chaves e enquanto olhava pros lados encontrei um guarda! Malditos soldados! Bem, “Janaína Strikes again!”
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Reflexões sobre Jane!

As reflexões sobre Jane, as divagações sobre "smoke the dope" não são tão sinceras, cuidado garoto, os poucos trocados pagam teu salvo conduto. O cheiro da chuva escorrendo no ralo e as reflexões sobre esses e aqueles não te cabem mais. Escute garoto, é necessário não confiar em idosos, de fato idosos corrompem, e exatamente assim te livro do pecado. Enquanto ela degola você atraí, e enquanto eu desfaço o nó você se faz. É meu caro, o diabo nem sempre cobra barato, e o cabaré nem sempre é iluminado. Enquanto ela de luto, em seu indefectível vestido negro de ombros caídos seduz o paraíso, tu não estarás abaixo purgando teus velhos entes queridos. Abaixo do sol, sobre tuas sementes!
Teu russo é melhor que seu francês, teu Galês melhor que o teu hebraico e se Deus não te salva, eu abro os caminhos pra tua alma, sabe se lá quando riria a procurar. Assim como ela você poderá ser Spartacus e gritar ao matar leões. Gladiadura é simples, e as feridas se limpam com a chuva, ou se secam no sol. E assim gaste teu tempo e solte teu rugido.
Enquanto as luzes não se apagarem você ainda assim cadencia teu samba, e ainda assim conta teus níqueis com primazia, de modo a compreender e complementar vossas escalas. Nada de barquinhos a velejar ou diabas a cantar, teu sex dry jamais teria rock and roll sem notar o ar de leveza que as olheiras compreendem. A velha grande maça podre não solta teus dentes, tão pouco cospem em teus pés. Abaixo do sol, sobre tuas sementes!
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Cai à noite

Ninguém na escada cantava
Quando a luz do sol esvaia
Seu peito me iluminava
Iluminada, pairava sobre mim a sorte.
De deitar-me ali um dia.
Em nosso leito, nossas memórias.
Cravadas com os dentes, na pele as farpas sob os lençóis!
Cai à noite sobe o dia
Ninguém no convés falava
Quando o ninho que se pôs ouvia
Cai a noite em outro dia
Ninguém na escada cantava.
Nenhuma garoa fugia.
Nem uma magoa existia.
Só a madrugada, só a pouca água, só a tua falta...