segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Burn Babe Burn

Essa é a novidade, a nova saga! A caravana que nunca para.
O constante, o movimento, e distânte do seu calor.
Aqui é onde eu falo, Burn Babe Burn.

Os cães que ladram, e os corpos se enchem de falhas.
Entre terroristas que convidam pro role,
as milhas acumulam no cartão de crédito.

Quer dançar, quer dançar? Então prepara.
A maldição passou e o hit já é da velha guarda,
foi bom pra você e ta sendo ótimo pra mim.

E digo mais, não foi o Santo que me fez a cabeça.
Ela já tá pronta e pouco satisfeita.
E se pau que nasce torto nunca se indireita, as frases com você andam sendo sempre perfeitas.
Certo que é cedo pra afirmar o óbvio, certo que é tarde para cair do cavalo,
e sabedouro do que o futuro nos reserva,
do que é o presente, já basta e isso liberta.

Ases na cabeça e o mundo é assim, delicias das delicias teu jeito é assim.
Não estamos em nenhum trago, nenhuma porra de mordaça.
Não postulamos o nosso passado, com ele não se esquenta, apenas se aquieta.
Cigarro a cigarro a sacanagem sempre aumenta, e digo "Burn Babe Burn",
Muito melhor o quanto me esquenta.

Cervejas a postos, corações apocrifos.
De novidades à malandragens os dias são assim.
No estado imperial da mente, o corpo que padece, do teu beijo quente,
e teus cheiros me remontam um canibalismo tradicional,
O rosto sempre posto verboragicamente angelical.

Ta guardado e isso já basta,
A hora é sempre agora e vamos quebrar as vidraças.
Igual ao mesmo tempo que o poeta diz, ta tudo bem pra gente, ta tudo bem pra mim.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

You Cant Always Get What You Want

Ela estava alí de mãos, cheias de nãos, expostas ao céu. De expectativas baixas e poucas conversas. Suas companheiras, as pistolas nas coxas, seus echarpes, sua atitude bem conhecida, e os rabiscos que continuavam a sublimar a pele apregoavam a lei de sua luz. Aos teus passos e caminhos o açúcar mascavo de varias e várias gerações preso ao peito, mente e dentes. Está era sua paz, sua moral e maus costumes, excitantemente malvada. Os sonhos tão baixos quando qualquer nota de Mingus, o coração todos os versos de Pessoa, Moraes, Dylan. Essa era nossa menina, a pequena Alice que privada de nascer, residiu em espirito, vultos e cheiros. Essa era a pequena liberdade confeccionada entre entes, dentes e trips. A confusão hipocritamente apaixonante biblica. O Gênesis, os dez mandamentos, a satisfação stoneana, e a busca que nem deus saberia dizer. Os olhos negros deviam marejar, mas forte, dura e casca grossa, jamais permitiria voltar. Colocou as malas no carro e correu ao encontro dos seus sentidos, fé, drama, cafunés. Fármacos, conselhos obesos, e invariavelmente um olhar sedento de quem confunde mas não discute. Assim como urubus envoltos sobre o lixo, ela procurou se limpar, procurou viajar, carro, estrada, motor. Tanto quanto um sorriso infantil pode lhe proporcionar, mesmo que embora seja ela a mãe da mãe, da filha, do sobrinho e do gato. E os dias caminhavam para nunca mais observar, ou não se auto medicar.

Alice trancou-se em uma caixa, junto com itens que seus pais mais amavam. Guardou um pedaço de si para o futuro que nem ela mesma saberia se existiria. A caixa tão profunda quanto as ideias infantis que ela tinha sobre o escuro. Discos, livros, desenhos, musicas, falas, cabelos, e mesmo lhe parecendo estranho emaranhar todas aquelas coisas em uma caixa onde poderia sentir o cheiro do que era liberdade, trancou tudo de modo que nem mesmo o bico de um pássaro poderia espiar. Ouvira de fora, algo alheio que dizia que todos tem de ir, esconda-se, troque de roupa e repita quando assustada que esperar é uma dádiva obrigatória aos que são de pouca fé, de modo que ela esperou, caminhou e choramingou.

Acelerou seus passos, pôs fim aos passos do passado, cantarolou Wilburys, Dylan e Stones, e proclamou dentro de si seus novos campos de ação, sua coragem de penetração, e a liberdade de se dar valor. Como uma luz acessa, como um bêbado cantando uma boba musica ao telefone, ou gritando que os demônios são quase físicos em dias como esses ela recusou o abuso, trouxe o fermento, e correu, correu como uma detenta foge de sua prisão. Decidiu, e protegeu-se, então o caos se tomou. Não nela, não nos dentes dela, não na caixa cheia de recordações. O caos veio como quem não quer trabalhar para ser arrebatado de paixão, transformou-se o que era doce em amargo, e profundamente desagradável. Alice correu mais ainda, enfiou-se em um bunker militar a milhas e milhas dos atentados, novamente colocou as mãos ao céu, cheias de não, com apenas sua Mauser em riste. Jurou à todos os ventos, que o sorriso no rosto, as lágrimas nos olhos, não poderiam faze-la ver nenhuma linha futura, e fez disso sua canção favorita. Abandonou o Happy e seu magnifico refrão, e preferiu o away de sway.

Alice caminhava com crianças tão grandes quanto ela, aspirações tão baixas quanto as delas e um sentimento de que "você pode fazer tudo o que quiser!". Somos todos sobreviventes do fogo, da alma, mesmo que as doses homeopáticas de cerveja inundem todo o coração. Mostre se um sobrevivente, e era como um que Alice se via. Cheia de certezas incertas, cheias vê verdades, verdadeiramente voadoras, e covardias embebidas em tiros de olhos sagazes. Sabia tudo de todos, e via tudo que todos deveriam ter feito. Respeito a si mesmo, e competição a si mesma, leal aos seus direitos de liberdade. Leu à si mesmo os clichês da fuga, e proclamou seus pontos fortes. "Não sou a pessoa certa", "Não posso dar lhe o que você quer". Libertou-se e provavelmente frustrou se.

Alice arou seu campo imaginário de flores colhidas com o tempo e com o cheiro da liberdade fechou o semblante, ateou fogo em si mesma, e pôs ao póstumo os direitos que ela mesma formou no passado. Por muito pouco de pop, muito pouco de ódio, e muito de forte calcou seu calcário em suas novas aspirações e partições. Alice hoje se sente mulher, capta as armadilhas do destino como dançaria com o senhor "D". Liberta, sem ser caçada, voou em seus sonhos de blackbird sendo leal a si mesma.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Shelter From The Storm...

Falavam-me que duas taças de vinho bastavam para aquecer o coração, e os desejos seriam questões que o tempo poderia salvar. Como Dylan, eu não acredito em você. A luz recaída como uma virada na sorte, e todo o acorde causador de mortes fomentariam meu espírito. Justiça ou apenas um atraso? Pelas gotas de chuva que recaiam nos ombros durante o dia, seria mais uma vez uma simples virada de sorte. Nem meu pecado, nem quem eu julgava ser a gêmea colidiam com a linguagem universal dos sinais, "You're a big girl now", ou apenas mais uma mulher vestida de "Blackbird" recaída de um ninho não muito bem feito. Entretanto nem todos os sons podem me fazer ouvir-te. Talvez ela não tivesse noção de como operou meu coração, de como a cirurgia fora um fracasso, de como eu fracassei. Os números seriam trocados, e os cavalos que rumavam para o paraíso foram domesticados como cortes no coração. Café, Dylan, cigarros e outras porcarias. Apenas um gosto azedo se regenera.

A guitarra soa junto ao piano como uma harmonia duradoura, e sua mãe devolve todos os convites. Tentando provar que suas conclusões podem ser mais drásticas, e a pergunta de que porque não vem me ver Rainha Jane respinga ao ar. Todos os dons artísticos jogados ao lixo como um cowboy otário, relegado ao poder financeiro e ao descaso. Onde os pecados caberiam como uma luva, e as provocações sempre são escondidas. Não dança, não passeia pela área, apenas acende o pavio de meu foguete. Pergunto que era uma vez no tempo onde eu me vestia melhor, e você poderia também. Todos seguravam as pontas, falavam alto, e gemiam com o gozo, tal qual a obsessão é necessária. O estúpido e o dramático, invertendo-se os papeis, buscando uma fuga do Papillon. E como fugir de si mesmo? Como aguardar o trem de pé. Abrir os olhos e se perguntar. Como você se sente? Quando não está em casa, fora de caminho, completamente desconhecido? Cigarros acendem-se todos ao mesmo tempo, e todas as poesias fazem certo sentido, tão doloridas quanto acalentadoras. E o absurdo, sou eu? Ou você?

O vômito cai como um corpo ao chão, inundando os passos diários, ganhando o nada a perder como uma prática fatalista mais real, de modo que as direções, sinuosas ou não, estão como um samurai sem honra. Um de nós deve saber. Tem de saber, e esse nunca fui eu. Como o texto não sou eu, como a vida não sou eu. Como a fuga não sou eu, e todos os objetos covardes arremessados são como espasmos musculares, o fazem rir, chorar, cantar, e gritar. Deus nunca soube mesmo o que me vale, tanto quanto eu não sei o peso volumétrico de sua alma. Ser relegado ao absurdo tem sido a maioria dos votos, e isso parece ter virado sua grande regra geral. Todos os guias, caboclos e cavalos se perguntam o por que. Dirigem seus carros, motos, carruagens de fogo, falando com seus poucos amigos invisíveis, ouvindo canções invencíveis, sem termos nem um pouco de neve para esfriar o clima, congelar as feridas, e conseguir ter o seu “ad infinitum”.

Trapaças, personagens, tudo uma grande bobagem. Recuso o saxofone como trilha, recuso que o sol queime a pele como ele insiste em fazer. Beber, viajar, e rumar ao futuro pessoal construído a dois. Sem que se tenha interferências de quartos ou quintos, sem que se culpe os próprios geradores de vida, sem que seja bom ou ruim. Dentro de Kimonos, calças justas, dentro de um espírito que vaga pelo mundo, caminha quilômetros em busca da métrica, em buscas de um justo comentário e uma boa recepção. Não se trata de voltar ao passado, ou retomar o que já se foi. Trata-se de fé, de consideração, de não estar preso dentro de um automóvel com um blues de Memphis rolando. Tão pouco se trata de vingança. Mas de entender o espírito que roga por paz. Sejam os porres e as garrafas pela metade, os ritímos que a letra "B" simboliza.
Não, "B", não somos tão diferentes, contudo machucamos cães e gatos, galinhas e porcos de maneiras opostas.

De maneiras a se dizer adeus à maneiras onde ele não deve se quer ser anunciado. Se a ver dia oi, e deixe que ande, se não a ver as coisas andaram lentas, embora se acostume. A Guatemala é um lugar seguro para se correr, e o outside, já fora proclamado. O não ser encontrado, não voltar a se aprisionar, e tentar esquecer talvez seja uma maneira descente de terminar a vida.

Sentir o sopro do vento na nuca, e conquistar uma cabana na Amazônia, África, ou qualquer ilha polinésia. Estamos de mudança, e sempre são para longe. Onde nenhum grupo de resgate possa chegar, onde insinuações serão apenas as de macacos, e jamais alguém se magoaria novamente. Não existem pecados em grandes espaços, não existe ser humano em grandes espaços, não se precisa de fé, e então ela não te faltará. Apenas caminhadas duras, construções simples, e nenhum planejamento que não possa ser comprido. Ser humano fede, e mesmo que se perfume ainda não saberá reconhecer-se por si mesmo. Macacos apenas grudam em suas costas, e também fornecem muita proteína.

Viajarei então, onde as palmeiras flamejem com os raios, onde não tenha absolutamente nada alem de sombras e silêncios, eles sim serão respeitados, de modo que nem eu mesmo respeite. Estarei em um acampamento qualquer, tirando apenas o que me é de direito, o que minhas mãos podem alcançar, sem ter complexas visões de mundo, sem que o demônio tome meu corpo novamente e a faça chorar, nem que os anjos iluminem meus dias para a fazer se alegrar. Onde todas as noites sejam de fato dormidas, e a morte apenas recaia como uma benção pelo seu tempo. Anos prestados à complexa lingua de sinais, anos prestados ao sabor do vento, de modo que todos eles são absolutamente idiotas, não se admira o uso de tantos entorpecentes. Adeus, goodbye yellow Brick Road. Armas ao chão, cavalos à postos mortos, e um campo de batalha semi-árido onde o sangue empreguina as faixas dos dois discos.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Slow Cheetah

Manhã de segunda feira, vento frio, nevoa sobre a cidade. Os urubus sobrevoavam o carro e o caminho sinuoso tanto quanto uma longa e curva estrada. Preso em meio à um turbilhão de motivos e destinos estava eu. Julgado e condenado, transportado para a penitenciaria. No caminho ermo, não se viam muitos carros, tanto quanto pessoas. Os únicos companheiros que se avinhavam eram sujos, cheios de ira, e aguardando o momento certo de lhe enfiar uma faca sob os rins. Não poderia confiar em ninguém, ouvir ninguém, caminhar sob o sol com ninguém.

Durante o período em que estive preso, vigiei a rotina, os hábitos dos carcereiros, e estudei meticulosamente formas de escapar, meu filho ainda não nascera tão pouco saberia se nasceria, mas tinha de estar lá. Mesmo que a caminhada contasse com o cio da chuva, em meus pulmões se enchessem de ar purulento. Eu teria de escapar e isso estará claro como a pele dela. A bandeira tremulava, e mesmo sem janelas na cela sentia todo o clima que me aguardara. Dias de chuvas tinha um aroma característico de terra molhada, já os de calor, mesmo sob a ventilação se suava como um porco, e era ali minha única forma de escapar. Fugir pelo foro de gesso. Pobres diabos colocaram o gesso. De todos os materiais da construção civil, talvez seja um dos menos sólidos. Sem câmeras de vigilância, seria muito mais fácil subir ao telhado, que cavar um túnel. Ainda mais com o numero de infelizes dedo duros que estavam por lá.

Entendi então que deveria ter um tumulto, deveriam existir farpas, e muito sangue jorrando para que eu estourasse o forro, me enfiasse em meio à tubulação e água, luz e ar, e procurasse meu destino. Em todo o trajeto apenas o balbuciar dos lábios vermelhos dela me motivavam ao encontro, seja com Deus ou com o Diabo. Muitas coisas deveriam ser explicadas, mas ela fugiu, e eu tinha o dever de saber o porquê. Tentei alcança-la na prisão, e nunca me atendera. Dizia que mandaria cartas, esperei dias, horas, minutos, e nada. Perdi a fé, e a única coisa que me motiva durante os tempos de exílio forçado, foram os pensamentos de como sair daquela prisão, de como escapar e então, ter o gosto da verdade na face, ou seguir rumo à Guatemala, me entocar no meio do mato. Isso ainda não estava claro para mim. Claro era que nunca fora tão importante sair de uma prisão como eram naqueles dias.

Exatamente às 13 e 39 horas me aconcheguei perto da parede oposta às grades, escolhi o individuo mais forte para servir de boi de piranha, pelas costas o empurrei em meio aos demais gritando "Viado!", o sangue do chucho feito dias antes, e enfiado em sua nuca jorrava e claramente os outros detentos se irritaram com o infeliz que se jogara neles. Foi o inferno na cela. Sem saber uma linguagem universal de combate, todos eles começaram a se agitar, se insultar, e por fim se matar. Sorriso nos lábios babe estou indo a você!

Aproveitei as costas na parede para socar o teto, enquanto os carcereiros chamavam outros, e tinham medo de adentrar naquele recinto fétido, eu busquei meu espaço. Abri um buraco suficiente para poder me enfiar. Subi com a destreza de um macaco, e procurei uma rota. Grande erro. Tudo muito escuro, e sólido. Tentei subir mais um pouco e nada. Sólidos como tijolos são. Bom teria de ter um outro plano, menos elabora, menos esperto, muito mais sujo, muito mais grosseiro. Olhei pelo buraco que subi, e vi o Caos. Os carcereiros resolveram entrar. Grande erro.

Os dois primeiros entraram e foram surrados pelos infelizes ali de dentro. O pavilhão gritava, ecoava horror, não demorou aos cinco carcereiros serem subjugados, tanto quanto para mim descer, pegar e ultrapassar as barreiras daqueles detentos sanguinários. Tinha de esperar o momento certo de abrir as portas do meu universo sangrento. O coração pulsava, o ar me faltava, e a lembrança dela se pintava. No pavilhão o fogo já começava, outros presos foram soltos pelas chaves de seus próprios carcereiros. Animais. Meus animais de pelúcia.

Quando a tropa chegou a porta alguns policiais já estavam em fronte. Já agitavam suas armas, e combinavam suas táticas. Abri espaço e disse para abrirem ou mais gente morreria ali. Um misto de medo e falta de dialogo surgiu. Teriam de abrir, e eu teria de ser convincente para abrirem. Peguei em minhas mãos o carcereiro mais jovem, e cortei seu pescoço. Agora vocês vão abrir, ou todo mundo e quem entrar aqui ira pelo mesmo caminho. Os poucos imbeceis abriram, deram-me a liberdade. Quanta gratidão. Ao liberar um pavilhão de cem sobre três, vocês podem imaginar que não foi bonito. Animais armados não só com dentes sempre é perigoso.


Procurei o caminho oposto de todos aqueles idiotas, vesti uma farda, e fui para o outro lado, menos tumulto, mais liberdade de ação. Dava para se ouvir os gritos, tanto de desespero, quanto de raiva. Fui ate a cozinha, o pobre soldado que estava de guarda não viu um detento, apenas mais um companheiro fugindo do mutirão do capeta. Matei, e furtei sua arma. O clima começara a ficar seco demais. Peguei um bujão de gás, e ele se libertando, atirei o em cima da grade, passos para trás, e um belo tiro seguido pelo seu fogo de artifício. Por sorte, e sim temos que a ter nas mãos, alguns soldados vinha por aquele caminho, mais um passo e eu estaria livre, graças aos corpos em chamas. Me aproveitei do descuido e do medo, e corri gritando alertas aos demais. Ao chegar na porta, quatro guardas me encaminharam para a ambulância. Não fiz esforço para o contrario, entrei, aceitei os cuidados nas feridas superficiais dos para-médicos, e tranquilamente me levaram ao hospital de Urgências. Agora seria bem mais tranqüila minha viagem. Menos tiros, e apenas uma linha de ônibus ate chegar em algum esconderijo. Meu casamento com a prisão acabara, e agora poderia alcançar os objetivos, bastava o tempo para saber se iria novamente ir de encontro aos lábios vermelhos e pouco sabia o que poderia acontecer, ou se me embrenhava durante o Maximo tempo possível no mato. Como sempre ando dizendo, "O casamento é a única prisão que se é solto por mau comportamento.", gosto do ditado. Gosto de sentir a realidade dos fatos, e meus passos agora seriam não para o bom, tão pouco para o mau. A ignorância é mesmo uma dádiva.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Fodido!

Deveria existir alguma maneira de sentir,
que não apertasse a garganta enquanto eu falo.
E guardaria meu pranto nas veias,
mas eu não ligo se essa é a maneira de sangrar.

Eu nunca poderia mudar
Como eu me sinto
E meu rosto nunca deixaria de mostrar
O que não é real
.
A vida não deveria mudar a maneira de se mostrar,
Como eu sinto, como poderei sentir, como deveria ter plantado.
E eu não ligo se todos os pedaços de mim,
Hoje estão tatuados feitos às lembranças que tenho de você

Eu poderia ter mentido, mas como fui idiota,
Nunca, nunca, vou deixar meus olhos dormirem tranqüilos,
E, de novo,
Mostrei-me a você e te disse como,
Mas agora, como sempre acabei fodido.


Olhos nos olhos, e eu não sei como você vê,
Se as coisas que te disse soaram feito verdade.
Jamais, e jamais, eu poderei saber.
Se for um tempo para o seu pecado, que eu não tenho para oferecer.

Eu nunca poderia mudar,
Como eu me sinto.
E meu rosto nunca deixaria de mostrar
O que não é real

Deveria existir alguma maneira de sentir,
Que não sabotasse minha boca enquanto eu falo.
E alguma maneira de ouvir,
As coisas que vivi sempre sem dar a outra face.

Eu poderia ter mentido, mas como fui idiota,
Nunca, nunca, vou deixar meus olhos dormirem tranqüilos,
E, de novo,
Mostrei-me a você e te disse como,
Mas agora, como sempre acabei fodido.